Coreia do Norte reage a exercícios militares trilaterais.

Seul, Coreia do Sul, 1 de julho de 2024 – Agência Yonhap – A Coreia do Norte denunciou veementemente os recentes exercícios militares conjuntos realizados pelos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, alertando que tais ações podem levar a “consequências fatais”.

O exercício “Freedom Edge”, que durou três dias até sábado (29), envolveu o porta-aviões nuclear USS Theodore Roosevelt e incluiu sete tipos de manobras, como operações de defesa antimíssil no mar e resposta a ataques cibernéticos.

O Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, através da agência estatal KCNA, condenou fortemente o que chamou de “demonstração provocativa de força militar” dos três países. A declaração classificou a cooperação trilateral de segurança como “versão asiática da OTAN“, expressando preocupação com o fortalecimento da aliança militar liderada pelos EUA na região.

Em uma aparente referência aos laços de Pyongyang com Rússia e China, o comunicado prometeu fortalecer ainda mais a “cooperação mútua e ação conjunta” para deter a “intervenção militar coletiva das forças hostis”.

Enquanto isso, o líder norte-coreano Kim Jong Un supostamente fez um “importante” discurso em uma reunião plenária do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores no sábado (29). Embora os detalhes não tenham sido divulgados, há especulações sobre possíveis menções aos programas de desenvolvimento nuclear e de mísseis do país, ou indicações sobre a postura que Pyongyang adotará em relação aos EUA e à Coreia do Sul.

A Coreia do Norte tem consistentemente condenado exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul, interpretando-os como ensaios para uma invasão. Esta recente demonstração de força trilateral ocorre em um contexto de crescentes tensões na península coreana, alimentadas pelos testes de armas da Coreia do Norte e pela aproximação do país com a Rússia.

A situação permanece tensa, com a comunidade internacional observando atentamente os próximos movimentos de Pyongyang e a resposta das nações aliadas na região.