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Pesquisadores japoneses descobrem vasto recurso mineral no Pacífico

Nódulos de manganês encontrados podem suprir demanda de cobalto e níquel por décadas.

Tóquio, Japão, 22 de junho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Pesquisadores japoneses anunciaram hoje uma descoberta significativa de recursos minerais nas águas do Oceano Pacífico, próximo à ilha mais oriental do Japão. A Universidade de Tóquio e a Fundação Nippon revelaram, em coletiva de imprensa realizada na sexta-feira (21) em Tóquio, a localização de uma área com alta concentração de “nódulos de manganês”.

A equipe de pesquisa examinou mais de 100 locais a uma profundidade de 5.500 metros na zona econômica exclusiva do Japão, próximo à ilha de Minamitorishima, entre abril e junho deste ano. Os cientistas estimam a presença de aproximadamente 230 milhões de toneladas de nódulos de manganês em condições favoráveis para extração.

A análise dos nódulos revelou uma composição principalmente de ferro e manganês, além de conter cobalto e níquel, elementos cruciais na fabricação de baterias para veículos elétricos. A quantidade estimada de cobalto é de cerca de 610.000 toneladas, equivalente a 75 anos do consumo anual do Japão, enquanto o níquel soma aproximadamente 740.000 toneladas, correspondendo a 11 anos de consumo.

Diante dessa descoberta promissora, a universidade e a fundação anunciaram planos para iniciar um projeto de teste em larga escala para a colheita desses nódulos. A iniciativa será realizada em cooperação com uma empresa estrangeira experiente em desenvolvimento de recursos submarinos.

O experimento está programado para começar já no próximo ano, com o objetivo de coletar cerca de 2.500 toneladas de nódulos de manganês por dia. O custo total do projeto é estimado entre 7 e 8 bilhões de ienes (aproximadamente 44 a 50 milhões de dólares).

Este será o primeiro projeto de tal magnitude lançado no Japão. Seu sucesso poderá impulsionar significativamente o uso de recursos minerais submarinos nas águas circundantes do país.

O Professor Yasuhiro Kato, da Universidade de Tóquio e diretor do Centro de Pesquisa de Recursos Oceânicos para a Próxima Geração do Instituto de Tecnologia de Chiba, enfatizou a importância de conduzir o projeto de forma ambientalmente responsável. Ele afirmou: “Queremos garantir que o projeto não cause danos ao ambiente marinho, apresentando dados convincentes sobre sua viabilidade e sustentabilidade.”

Esta descoberta representa um marco importante para o Japão em sua busca por recursos naturais e pode ter implicações significativas para a indústria de tecnologia e energia limpa no futuro próximo.

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SourceNHK

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