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Jornalista chinesa do movimento #MeToo é condenada a 5 anos de prisão

Ativista trabalhista também recebe sentença em caso controverso na China.

Pequim, China, 15 de junho de 2024 (Agência de Notícias da Xinhua) – Um tribunal na China condenou a jornalista Huang Xueqin, líder do movimento #MeToo no país, a cinco anos de prisão. Juntamente com ela, o ativista trabalhista Wang Jianbing foi sentenciado a três anos e meio de prisão. A decisão foi anunciada em Guangzhou no dia 8 de junho.

Huang Xueqin é reconhecida por seu trabalho investigativo em casos de assédio sexual e por seu papel proeminente no movimento #MeToo na China. Wang Jianbing, por sua vez, é conhecido por seu ativismo em defesa dos direitos trabalhistas. Ambos foram acusados de incitar a subversão do poder estatal, uma acusação frequentemente utilizada pelas autoridades chinesas para silenciar vozes dissidentes.

De acordo com um site que apoia atividades de direitos humanos na China, as autoridades chinesas consideraram problemáticos os encontros semanais realizados por Huang e Wang, onde discutiam questões sociais e políticas. A sentença gerou indignação entre defensores dos direitos humanos, que veem o caso como uma tentativa de repressão à liberdade de expressão e ao ativismo.

Mais de 30 organizações internacionais apelaram pela libertação imediata dos dois ativistas em setembro do ano passado, destacando a importância de proteger os direitos fundamentais de liberdade de expressão e reunião.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que qualquer pessoa que viole a lei enfrentará punição. Ele também ressaltou que Pequim se opõe firmemente a qualquer país ou organização que desafie a soberania judicial da China e interfira nos assuntos internos do país.

A condenação de Huang Xueqin e Wang Jianbing ocorre em um contexto de crescente repressão às vozes dissidentes na China, onde o governo tem adotado medidas rigorosas para controlar a narrativa pública e silenciar críticas.

Enquanto isso, grupos de direitos humanos continuam a chamar a atenção para o caso, buscando aumentar a pressão internacional sobre o governo chinês para rever as condenações e garantir a proteção dos direitos humanos no país.

SourceNHK

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