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Manifestação gigantesca no Brasil a favor de Bolsonaro e Israel

x-presidente busca "pacificação" do país durante protesto na avenida Paulista.

São Paulo, Brasil – 25 de Fevereiro de 2024 – Jair Bolsonaro (PL) negou enfaticamente qualquer tentativa de golpe de Estado durante a manifestação que reuniu milhares de apoiadores na avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25/2). O ex-presidente afirmou que agiu dentro dos limites da Constituição e busca a “pacificação” do país.

O evento ocorreu em meio ao avanço das investigações da Polícia Federal sobre um suposto plano de golpe de Estado, no qual alegam indícios de envolvimento de Bolsonaro e de alguns de seus então auxiliares para reverter o resultado das eleições que levaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto.

Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Bolsonaro chegou ao local por volta das 14h40 e discursou por pouco mais de 22 minutos. Ele reiterou que suas ações estão dentro da legalidade constitucional.

“Continuam me acusando de um golpe, porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a constituição? Tenha santa paciência”, afirmou Bolsonaro, destacando que um decreto como esse dependeria da aprovação do Congresso.

Bolsonaro também solicitou ao Congresso Nacional um projeto de lei de anistia para seus apoiadores presos em Brasília por participarem da depredação de prédios públicos em janeiro de 2023. Ele enfatizou que não concorda com a depredação do patrimônio público, mas defende que as penas sejam razoáveis.

O cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), avalia a manifestação como uma estratégia de Bolsonaro para demonstrar força e tornar as investigações e decisões judiciais mais custosas.

A manifestação ocorre em uma semana marcada pelo comparecimento de Bolsonaro à PF, onde foi intimado a depor, e pela declaração de Lula comprando Israel ao nazismo.

Bolsonaro compareceu à PF em Brasília na última quinta-feira (22/2) para prestar depoimento no inquérito sobre o suposto golpe de Estado, mas permaneceu em silêncio, alegando falta de acesso aos documentos da investigação.