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Mais de 37.000 residências ainda estão sem água após terremoto na Península de Noto

Sobreviventes do terremoto do Ano Novo no Japão Central enfrentam escassez de água, com 37.000 residências ainda afetadas após quase 40 dias.

Nanao, Japão – 08 de fevereiro de 2024 – Mais de 37.000 residências na região central do Japão ainda estão enfrentando escassez de água após o terremoto de magnitude 7,6 que atingiu a Península de Noto no Ano Novo. Quase 40 dias após o desastre, muitos sobreviventes ainda lutam para acessar água potável.

Na cidade de Nanao, as escolas retomaram a oferta de almoço na quarta-feira (7). O cardápio consistia em leite, onigiris (bolinhos de arroz) e sobremesa – nada que exigisse água para cozinhar.

Os banhos também são um item de alta demanda na área. Beppu, uma cidade termal no oeste do Japão, decidiu ajudar. A cidade enviou água de banho de fontes termais localizadas a centenas de quilômetros de distância para que os residentes pudessem relaxar e descontrair.

A maioria das residências nas cidades de Suzu e Wajima ainda está sem água. As autoridades estão investigando se as águas subterrâneas podem ser utilizadas como abastecimento provisório de água.

Oficiais testaram poços em Suzu, mas afirmam que só saberão se a água deles é segura daqui a um mês. Se utilizáveis, a água dos poços poderia suprir algumas necessidades diárias, como banho ou enchimento de caixas d’água.

No entanto, a água também é necessária para o tratamento de doentes. O Hospital Geral de Noto em Nanao finalmente pôde retomar os tratamentos de diálise após restabelecer seu abastecimento de água. A diálise requer 500 litros de água por paciente.

O Dr. Izumiya Yoshiaki, do hospital, disse: “Se não pudermos fornecer esse tratamento, pode ser uma ameaça à vida de nossos pacientes. Esperamos poder ajudar a melhorar os serviços médicos na área”.

Quanto àqueles que ainda não têm água, as autoridades locais dizem que o sistema envelhecido da região já era vulnerável a terremotos.

Mais de 100 trabalhadores de todo o país estão se esforçando para consertá-lo. No entanto, as autoridades afirmam que a recuperação completa não ocorrerá até abril, no mínimo.