Washington, EUA – 9 de fevereiro de 2024 – A China perdeu sua posição como maior exportadora de bens para os Estados Unidos no ano passado, título que detinha há 14 anos. Tensões políticas entre Washington e Pequim são uma das razões para essa mudança. Outro fator por trás dessa tendência é o crescente movimento nos Estados Unidos para reduzir a dependência de produtos chineses.
A mudança no comércio ficou evidente nas estatísticas divulgadas pelo Departamento de Comércio dos EUA na quarta-feira (7). Elas mostram que as importações de bens da China totalizaram 427,2 bilhões de dólares em 2023, uma queda de cerca de 20% em relação ao ano anterior.
O México substituiu a China como líder. As importações do país da América Central totalizaram 475,6 bilhões de dólares, um aumento de mais de quatro por cento em relação a 2022.
O México representou cerca de 15% do total de importações, abrindo uma vantagem de um ponto percentual sobre a China.
O valor total do comércio – a soma das importações e exportações combinadas – entre os EUA e a China atingiu um recorde em 2022. No entanto, mesmo assim, as restrições de exportação dos EUA permanecem em vigor para semicondutores e outros produtos de alta tecnologia, diminuindo o fluxo de mercadorias através do Pacífico.
As duas potências mundiais estabeleceram um grupo de trabalho para evitar a escalada de tensões sobre os laços econômicos. Ambos os lados enfatizam que continuarão o diálogo. No entanto, os especialistas afirmam que é possível que vejamos uma maior separação do comércio no futuro.
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