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Ataques dos Houthi a navios impactam a cadeia de suprimentos global

Conflito no Mar Vermelho gera atrasos e custos adicionais para empresas ao redor do mundo.

Mar Vermelho, 31 de janeiro de 2024 – Os ataques dos terroristas Houthi no Mar Vermelho estão causando um grande impacto na distribuição e produção global. Os terroristas Houthi, do Iêmen, têm atacado navios em solidariedade ao terroristas do Hamas.

Desde novembro, o número de ataques ultrapassou 30, levando grandes empresas de navegação a evitar a rota e optar por contornar o Cabo da Boa Esperança.

Essa rota alternativa acrescenta de 7 a 20 dias ao tempo de viagem e acarreta custos adicionais. As taxas de frete aumentaram em 180% desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.

A empresa alemã fabricante de detergentes Gechem é uma das muitas empresas na Europa que enfrentam as consequências. Ela importa ingredientes da China e Taiwan, e as entregas estão atrasadas em cerca de 2 semanas.

A CEO da empresa, Martina Nighswonger, afirmou: “Nunca antecipamos essa crise. A situação será muito difícil no próximo mês. Não esperamos que os materiais cheguem conforme o programado”.

Os custos de transporte estão aumentando para aqueles que continuam a navegar pela rota do Mar Vermelho. Autoridades no porto italiano de Trieste afirmam que um dos motivos é o aumento nos prêmios de seguro.

Além disso, as empresas precisam trocar de navio durante a viagem para ocultar sua identidade e reduzir o risco de serem atacadas, acrescentando outro ônus financeiro.

Empresas japonesas também estão sendo afetadas. A Suzuki Motor suspendeu as operações em uma fábrica na Hungria por sete dias neste mês, citando atraso na chegada de peças do Japão.

Um especialista marítimo destacou que, à medida que os ataques continuam, a interrupção na cadeia de suprimentos global persistirá. Goto Hiromasa, pesquisador do Centro Marítimo do Japão, afirmou: “Mesmo que a situação melhore e a rota do Mar Vermelho se torne segura novamente, levará um certo período para que as empresas de navegação voltem à rota original do Canal de Suez”.

Apesar disso, Goto afirmou que a situação não terá um impacto significativo nos negócios japoneses, pois o país importa petróleo e outros recursos de outras regiões do Oriente Médio ou América do Norte.

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SourceNHK

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