Putin sugere a retirada do tratado de proibição de testes nucleares

O presidente russo, Vladimir Putin, negou ambição territorial na invasão da Ucrânia pelo país. No mesmo discurso, ele disse que seu país pode se retirar do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, dando a entender possíveis planos para retomar esses testes.

Putin fez os comentários no Clube de Discussão Valdai, na cidade de Sochi, no sul da Rússia, na quinta-feira.

Ele disse: “A Rússia é o maior país do mundo em termos de área terrestre e não temos interesse em conquistar mais território”. Ele afirmou que o que está acontecendo na Ucrânia tem a ver com princípios subjacentes a uma “nova ordem internacional”.

Putin então afirmou que os países ocidentais, especialmente os Estados Unidos, estabelecem regras arbitrariamente e dizem aos outros como eles devem se comportar. Ele acrescentou que essa é uma “manifestação da mentalidade colonial”.

O presidente russo também se gabou de que o país testou com sucesso um míssil de cruzeiro movido a energia nuclear. Ele é capaz de transportar uma ogiva nuclear.

Em resposta aos comentários de Putin, o secretário-chefe do Gabinete do Japão, Matsuno Hirokazu, disse que a Rússia emitiu muitos sinais sobre armas nucleares. Ele disse que o Japão está seriamente preocupado com a possibilidade de a Rússia usá-las. Ele disse que a ameaça e o uso de armas nucleares não devem ser tolerados.

Matsuno acrescentou que Tóquio continuará trabalhando com a comunidade internacional, incluindo outros países do Grupo dos Sete, para avançar com firmeza nos esforços diplomáticos, como sanções rígidas.