O moderador da coletiva de imprensa de Johnny admite lista negra de jornalistas

O moderador de uma recente coletiva de imprensa realizada pela agência de talentos Johnny & Associates admite que tinha uma lista de jornalistas que não tinham permissão para fazer perguntas.

Mas Matsumoto Kazuya emitiu uma declaração na sexta-feira (6), dizendo que ignorou a lista e não a utilizou ao escolher os questionadores.

Cerca de 300 jornalistas participaram da coletiva de imprensa em Tóquio na segunda-feira (2), na qual a agência de talentos respondeu às alegações de abuso sexual feitas por seu falecido fundador, Johnny Kitagawa.

Cada meio de comunicação teve permissão para fazer uma pergunta. Matsumoto escolheu jornalistas entre aqueles que levantaram a mão.

Mais tarde, porém, descobriu-se que a consultoria escolhida pela agência para gerenciar o evento havia elaborado uma lista de jornalistas que deveriam ser evitados durante a sessão de perguntas e respostas.

A lista continha os nomes e as fotos dos jornalistas, para que o moderador pudesse identificar quem deveria ser ignorado.

Em seus comentários por escrito, Matsumoto admitiu que a lista lhe fora entregue por um funcionário cerca de 30 minutos antes do evento e que ele havia sido informado sobre onde os jornalistas da lista negra estavam sentados.

No entanto, Matsumoto disse que seu objetivo era fazer seu trabalho de forma direta, sem preconceitos. Ele disse que não pretendia evitar aqueles que deveriam fazer perguntas difíceis.

Dois jornalistas reclamaram por não terem tido a chance de fazer uma pergunta durante a coletiva de imprensa. A declaração de Matsumoto diz que ele decidiu não chamá-los porque a agência já havia respondido às perguntas feitas pelos dois jornalistas.