Filipinas e EUA lançam exercícios navais conjuntos com parceiros

As Filipinas e os Estados Unidos deram início ao seu exercício naval anual conjunto, desta vez com uma ampla gama de países parceiros. Isso ocorre em um momento em que as tensões entre Manila e Pequim aumentam devido às reivindicações territoriais no Mar do Sul da China.

As duas marinhas convidaram sete nações para os exercícios “Samasama” deste ano. Entre elas estão o Japão, o Canadá, a Grã-Bretanha e a França.

O exercício, de 12 dias, será realizado em águas ao sul de Luzon. Será o maior de todos os tempos, com a participação de cerca de 2.000 pessoas.

Os exercícios de combate entre as marinhas das Filipinas e dos EUA têm como objetivo melhorar sua capacidade de trabalhar em conjunto.

Oficiais dos nove países se reuniram na segunda-feira (2), na cerimônia de abertura em Manila.

O vice-almirante Toribio Adaci, da Marinha das Filipinas, disse em um discurso que o exercício é um símbolo de suas parcerias duradouras e do compromisso compartilhado com a segurança e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico.

A Força Marítima de Autodefesa do Japão enviou o destróier Akebono, tripulado por cerca de 170 pessoas.

Eles praticarão a resposta a desastres e a entrega de ajuda humanitária.

O vice-almirante Fukuda Tatsuya, da JMSDF, disse que os exercícios aumentarão a interoperabilidade da JMSDF e o forte relacionamento existente não apenas com as Filipinas e os EUA, mas também com outras marinhas parceiras.

Autoridades da Marinha das Filipinas afirmam que o objetivo do exercício ampliado é reforçar uma ordem baseada em regras no Indo-Pacífico, aparentemente com a China em mente.

As disputas territoriais sobre o Mar do Sul da China estão esquentando à medida que Pequim flexiona seus músculos nas águas.

Na última segunda-feira, as Filipinas disseram que realizaram uma “operação especial” para remover uma barreira que a China instalou dias antes perto de Scarborough Shoal. O banco de areia está localizado dentro da zona econômica exclusiva das Filipinas. Mas tem sido efetivamente controlado pela China desde 2012.