Uma autoridade sênior do partido governista da Rússia declarou que o partido obteve vitórias esmagadoras nas eleições locais em todo o país, mas os críticos alegam que as cédulas foram fraudadas.
As eleições para escolher o prefeito de Moscou e os governadores de 20 regiões foram realizadas de sexta-feira (8), a domingo (10).
Os resultados publicados pela Comissão Central de Eleições da Rússia mostram que o atual prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, um dos assessores mais próximos do presidente Vladimir Putin, foi reeleito, obtendo 76% dos votos.
Eles também mostram que os candidatos do partido governista Rússia Unida, que apóia o governo Putin, foram eleitos na maioria das regiões.
Um grupo independente de monitoramento de eleições alega que houve fraude na votação eletrônica e que as autoridades russas obstruíram os candidatos da oposição nas eleições.
Mas uma autoridade sênior do partido Rússia Unida disse nas mídias sociais que as eleições foram realizadas de forma justa e enfatizou que todas as votações foram concluídas com vitórias esmagadoras para seu partido.
O ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, que liderou o partido governista, disse no domingo que a eleição presidencial está se aproximando e que seu partido deve começar os preparativos em breve.
Ele pretende solidificar a base de poder do partido Rússia Unida no período que antecede a corrida presidencial, prevista para março próximo.
A Rússia também está organizando o que chama de “eleições” nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, e nas regiões de Zaporizhzhia e Kherson, no sul.
A Rússia anexou unilateralmente as quatro regiões em setembro passado.
A Comissão Eleitoral Central anunciou que a Rússia Unida obteve de 74% a 83% dos votos em cada uma das regiões anexadas.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, criticou a Rússia nas mídias sociais na segunda-feira (11), dizendo que “a farsa continua”.
Ele disse: “A tentativa da Rússia de organizar eleições falsas nas áreas ilegalmente ocupadas da Ucrânia não pode substituir a realidade da brutalidade da guerra”. Ele acrescentou que a “UE condena veementemente as eleições ilegítimas que são uma violação flagrante do direito internacional”.
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