Líder empresarial afirma que fundador da Johnny & Associates cometeu "crime contra menores"

O presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Japão, Japan Chamber of Commerce and Industry – JCCI, classificou o abuso sexual do falecido fundador da agência de talentos japonesa Johnny & Associates como um “crime contra menores”.

O presidente da JCCI, Kobayashi Ken, disse aos repórteres na quarta-feira (20), que considerava a má conduta relatada por Johnny Kitagawa não como uma doença, mas como um crime.

Ele disse que é extremamente problemático, em termos de conformidade, o fato de o criminoso ter chefiado a agência e seu sucessor e outros estarem cientes do problema.

Kobayashi demonstrou compreensão pelas empresas que decidiram rever seus vínculos com a agência, como, por exemplo, retirar os artistas da agência dos anúncios e comerciais corporativos.

Ele disse que os gerentes de negócios pensariam dessa forma se sua reputação estivesse em jogo. Mas ele acrescentou que, pessoalmente, não acredita que os artistas sejam os culpados.

Kobayashi sugeriu que as empresas podem considerar várias opções, como assinar contratos com os artistas e pedir que eles mudem para outra agência.

A empresa de pesquisa privada Teikoku Databank afirma que 65 empresas cadastradas estavam contratando ou planejando contratar artistas da Johnny & Associates para seus anúncios e comerciais, em 13 de setembro.

Um quarto delas, ou seja, 16 empresas, planeja cortar os laços com a agência. Seis delas decidiram retirar imediatamente seus comerciais de TV, enquanto as outras 10 disseram que não renovarão seus contratos quando eles vencerem.

A Tokyo Shoko Research afirma que 226 empresas têm vínculos diretos ou indiretos com a Johnny & Associates ou com a empresa de seu grupo.

Ela afirma que, como as empresas de alto perfil temem um impacto negativo em sua imagem corporativa, é provável que um número maior delas interrompa os negócios com o grupo de agências.