Legislador japonês é indiciado por suborno relacionado à energia eólica e acusações de fraude

Na quarta-feira (27), os promotores de Tóquio indiciaram um parlamentar acusado de aceitar suborno de uma empresa de energia renovável sediada em Tóquio, em conexão com projetos de geração de energia eólica offshore.

Os promotores alegam que o membro da Câmara dos Deputados, Akimoto Masatoshi, recebeu cerca de 72 milhões de ienes, ou cerca de 483 mil dólares, como empréstimos e fundos do ex-presidente, Tsukawaki Masayuki, em troca de audiências da Dieta para beneficiar sua empresa.

O legislador, de 48 anos, deixou o Partido Liberal Democrático, que está no poder.

Fontes informadas dizem que Akimoto está negando as acusações.

Os promotores dizem que Tsukawaki pediu várias vezes a Akimoto para fazer perguntas entre 2019 e 2022.

Na época em que Akimoto recebeu o dinheiro, ele fez perguntas em sessões da Dieta alinhadas aos interesses da empresa. Em uma ocasião, ele pediu ao governo que não impusesse restrições excessivas à província de Aomori, onde a empresa estava tentando ganhar licitações para um projeto de geração de energia eólica.

Akimoto teria usado o dinheiro para comprar cavalos de corrida e como custos operacionais para o sindicato de proprietários de cavalos de corrida que ele criou com Tsukawaki.

Tsukawaki também foi indiciado, sem prisão, por oferecer subornos a Akimoto no valor de cerca de US$ 275.000, que não estão sujeitos a um estatuto de limitações.

Fontes dizem que Tsukawaki admitiu ter instigado Akimoto a fazer perguntas na Dieta e ter lhe dado pagamentos em troca.

Akimoto teria dito que o dinheiro que recebeu não constitui suborno e que ele não fez perguntas nas audiências da Dieta porque lhe foi solicitado.

Os promotores também acusaram Akimoto de fraude. Eles dizem que a empresa sob sua administração recebeu, de forma fraudulenta, o subsídio do governo para empresas afetadas pela pandemia do coronavírus, totalizando cerca de 13.400 dólares.