Um jornal russo afirma que autoridades do governo e do serviço de segurança decidiram manter em segredo o funeral do líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, em uma tentativa de evitar que as pessoas o vejam como um herói.
Em um artigo publicado em seu site na quarta-feira (30), o The Moscow Times cita duas autoridades russas dizendo que o formato do funeral foi objeto de várias consultas envolvendo altos funcionários do Kremlin e oficiais do Serviço Federal de Segurança, ou FSB.
O jornal afirma que as conversas envolveram o primeiro vice-chefe de gabinete do Kremlin, Sergei Kiriyenko. Ele é um dos assessores mais próximos do presidente Vladimir Putin.
As fontes afirmam que o funeral foi mantido em segredo para evitar que o público e os mercenários se reunissem para a cerimônia e para impedir que as pessoas postassem vídeos e fotos nas mídias sociais.
O artigo também cita um funcionário que indicou que o governo queria evitar que as pessoas considerassem Prigozhin um herói porque algumas delas em Moscou e em outras cidades estavam prestando homenagem a ele.
Prigozhin foi morto em um acidente de avião no noroeste da Rússia em 23 de agosto, dois meses depois de liderar um breve motim armado em meio a seu confronto com o Ministério da Defesa russo.
A mídia estatal russa anunciou na terça-feira (29), que Prigozhin havia sido enterrado em um cemitério nos arredores de sua cidade natal, São Petersburgo. Apenas seus parentes e amigos próximos foram autorizados a comparecer ao funeral, a pedido da família.
Enquanto isso, relatos da mídia russa dizem que o cofundador da Wagner, Dmitry Utkin, foi enterrado em um cemitério nos arredores de Moscou na quinta-feira (30). Utkin morreu no acidente de avião com Prigozhin.
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