A China denunciou o Japão por liberar no oceano água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi durante a reunião anual da Agência Internacional de Energia Atômica.
A ministra da Política de Ciência e Tecnologia do Japão, Takaichi Sanae, rebateu a denúncia. Ela disse que, apesar de ser membro da AIEA, a China é o único país que continua a divulgar informações cientificamente infundadas e a impor restrições de importação não razoáveis.
A conferência geral da AIEA começou na segunda-feira (25). Os representantes dos estados membros estão fazendo discursos.
O representante da China disse que, apesar da forte oposição dos países relacionados, o Japão iniciou o descarte de água e causou uma preocupação generalizada na comunidade internacional. E ele classificou a água tratada como “água contaminada nuclearmente”.
Em resposta a esses comentários, Takaichi disse que a análise da AIEA concluiu, antes da liberação, que a água tratada e diluída atende aos padrões internacionais de segurança.
Ela disse que o governo japonês tem fornecido explicações cuidadosas e com base científica à comunidade internacional. Ela acrescentou que muitas partes do mundo entendem e apóiam os esforços do Japão.
Takaichi disse que o governo continuará garantindo a segurança da operação até que a última gota de água seja despejada no mar, com o envolvimento contínuo da AIEA.
Ela pediu à China que aja com base na ciência e envie informações corretas.
Mais cedo naquele dia, o diretor geral da AIEA, Rafael Grossi, expressou o compromisso de sua agência em garantir a liberação segura da água tratada e diluída da usina de Fukushima.
Grossi disse que a AIEA está monitorando e avaliando de forma independente a situação no local.
Ele disse que, para esse fim, a agência montou um escritório permanente na usina. Ele acrescentou que a agência continuará a se certificar de que nenhum dano resultará da operação nas próximas décadas.
A usina de Fukushima Daiichi sofreu um derretimento triplo no terremoto e tsunami de 2011.
A água usada para resfriar o combustível derretido tem se misturado à chuva e à água subterrânea. A água acumulada está sendo tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.
Antes de liberar a água tratada no mar, o operador da usina a dilui para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para água potável.
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