Qualquer ameaça chinesa sobre o trânsito dos EUA valida a interferência eleitoral diz vice-presidente de Taiwan

O vice-presidente de Taiwan, Lai Ching-te, conteve a China ao afirmar que qualquer ameaça potencial do país em resposta às suas escalas nos Estados Unidos apenas destacaria os esforços de Pequim para interferir nas próximas eleições de Taiwan.

Lai falou aos repórteres que o acompanhavam na terça-feira (15), durante sua viagem ao Paraguai, país com laços diplomáticos com Taiwan.

Ele fez uma escala na cidade americana de Nova York a caminho do país sul-americano no sábado (12), e passará por São Francisco na quarta-feira em sua viagem de volta.

A China tem reagido fortemente às escalas de Lai nos EUA, dando a entender que poderia tomar contramedidas. Há especulações em Taiwan de que a China realizará em breve exercícios militares.

Lai disse aos repórteres que as passagens pelos EUA são rotineiras e não têm importância.

Ele acrescentou que se a China usasse as escalas como pretexto para intimidar Taiwan usando métodos verbais, militares ou outros, isso confirmaria muitos relatos da mídia internacional que sugerem que a China está tentando interferir nas eleições de Taiwan por meio de ameaças militares. Ele acrescentou que isso não seria benéfico para ninguém.

A eleição presidencial de Taiwan está programada para janeiro de 2024. Lai deverá concorrer na disputa como candidato do Partido Democrático Progressista, que está no poder.

Em resposta a perguntas sobre possíveis contatos com altos funcionários dos EUA durante suas escalas, Lai disse que nenhuma reunião específica foi marcada.

Seu itinerário divulgado publicamente não mostra planos notáveis nos Estados Unidos, indicando um esforço para evitar dar à China qualquer desculpa para tomar contramedidas.