Dois japoneses suspeitos de fraude no Camboja serão deportados

Dois japoneses suspeitos de crimes no Camboja poderão em breve enfrentar a justiça em seu próprio território. Fontes dizem que as autoridades planejam deportá-los e prendê-los no Japão sob a acusação de fraude.

Os homens são acusados de administrar um esquema de investimento falso em um hotel no norte do Camboja. Nos últimos anos, a área tornou-se conhecida pelos hotéis e cassinos.

As fontes dizem que os investigadores cambojanos detiveram um grupo de sete homens japoneses após uma denúncia por volta de maio. Todos estão na faixa dos 30 a 50 anos.

Três deles não têm passaporte. As fontes dizem que é possível que eles estivessem trabalhando para outra pessoa, que poderia ter tirado seus documentos de viagem.

As fontes dizem que dois dos suspeitos são acusados de convencer um homem na província de Saga, no sudoeste do Japão, a investir em um negócio fictício. A polícia japonesa planeja visitar o Camboja e escoltá-los de volta para casa.

Um caso semelhante ocorreu em abril, quando as autoridades do Camboja detiveram 19 cidadãos japoneses. Eles são acusados de executar um esquema de fraude em um resort.

Um especialista sugere que o país do sudeste asiático se tornou um foco de grupos criminosos que se espalham pelo mundo.

Phil Robertson, da Human Rights Watch, diz: “Bem, o que estamos vendo é que o Camboja está se transformando em um estado criminoso. A impunidade para enganar as pessoas tem sido facilitada por muitas gangues chinesas. Elas são, de longe, as maiores que estão usando os elementos de fraude cibernética e tráfico de pessoas no Camboja, mas agora o Japão também está seguindo o exemplo.”

Robertson também aponta a corrupção entre a polícia local e os funcionários públicos.

E ele acredita que o Japão tem um papel a desempenhar para reverter a situação.

Robertson diz: “É preciso haver um esforço internacional conjunto e o Japão deve ajudar a liderar esse esforço para exigir responsabilidade e acabar com as atividades das gangues criminosas no Camboja. A comunidade internacional, não apenas no Sudeste Asiático, mas em todo o mundo, deve dizer ao Camboja: “Basta!”