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sábado, 28 junho, 2025 3:30: am
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“Uma Terra Só” apresenta Roberto Uber

Roberto Uber é um cantautor, compositor obcecado e arquiteto. Sua história começa em 1960 quando nasce em Belo Horizonte, em uma família numerosa, uma mescla de imigrantes e brasileiros, um verdadeiro caldeirão racial com eslovacos, austríacos, descendentes de italianos e negros, a cara do Brasil. Cercado pelas montanhas, o clima reservado e ao mesmo tempo cosmopolita da cidade impregna a sua linguagem.

Roberto Uber é um cantautor, compositor obcecado e arquiteto. Sua história começa em 1960 quando nasce em Belo Horizonte, em uma família numerosa, uma mescla de imigrantes e brasileiros, um verdadeiro caldeirão racial com eslovacos, austríacos, descendentes de italianos e negros, a cara do Brasil. Cercado pelas montanhas, o clima reservado e ao mesmo tempo cosmopolita da cidade impregna a sua linguagem.

Do pai eslovaco certamente herdou o DNA da canção. É um povo que tem uma ligação visceral com a música. Marcou muito a sua infância as reuniões do pai com seus
companheiros de exílio quando, do nada, no meio da conversa alguém começava a cantar e todos acompanhavam em duas ou três vozes parecendo entrar em um transe, transportados para a terra natal distante.

Também é muito viva a lembrança das festas que aconteciam em casa, regada de muita música, onde o violão acompanhava a roda de seresta em que cada um improvisava suas rimas entremeadas pelo refrão de Se a Perpétua Cheirasse. Foi aí que arriscou as primeiras aventuras de cantar em público.

Desde menino foi um leitor compulsivo, colecionava livros e frequentava as bibliotecas. Desenhava muito bem e chegou a pensar que seria pintor quando crescesse. Na infância ouvia, na TV e no rádio sempre ligado em casa, Rita Pavoni, Roberto Leal, os programas da Jovem Guarda.

Descobre mais tarde os Beatles e o rock progressivo de Led Zeppelim, Pink Floyd e Genesis para mergulhar no final dos anos sessenta na MPB, cativado principalmente pela genialidade das letras de Caetano Veloso, Chico Buarque e pela magia do som de Milton Nascimento e do Clube da Esquina. É quando começa a se aventurar no violão compondo suas primeiras canções. Interessava mais nesse momento o fazer das letras e a música era mais um veículo para as palavras.

Nos anos 80 chega a participar de três corais simultaneamente, mas é ao Coral da FACE UFMG a que se dedica mais intensamente e onde vivencia o encontro do canto coral
com a performance e o teatro e se envolve com a criação de roteiros, dividindo a direção dos shows e compondo canções interpretadas pelo grupo. É um caldeirão efervescente e ali ele encontra na maestrina Dora Torres sua companheira de vida.

Forma o grupo Três de Nós com quem se apresenta em bares de Belo Horizonte e em pequenos shows na UFMG. Na faculdade participa de festivais de música, se dedica à
poesia e tem contato com a fotografia. Depois de passar pela engenharia mecânica e pela história forma-se em arquitetura abraçando então as duas carreiras. Casado e com a
responsabilidade da família abre com outros três amigos um escritório de arquitetura e design gráfico e a prática da música entra em um longo período de hibernação, com estudos de violão, harmonia e de canto e uma produção intensa e anônima.

O primeiro CD “Carta, Perfume” (2006) faz uma síntese das canções produzidas até então. O segundo trabalho “É!” (2013), também em DVD, é fruto de uma fase de abertura
e experimentação de vários estilos e diferentes vertentes, passando pelo fado, POP, salsa e pela nova MPB. É um CD instigante e multicolor que trás uma nova abordagem no
tratamento das letras. Emplaca então duas canções, “A Casa” e “Cai a Gota” que frequentam a programação da Rádio Inconfidência por quase 4 anos.

Os últimos anos têm sido de construção de um novo repertório que reflete as recentes vivências no cinema (como ator, na criação de trilhas e roteiros), na performance, o contato com a dança e reflexões sobre os pontos de encontro entre a arquitetura e a música. Os primeiros frutos aparecem com o os singles e videoclipes “Vaidade” e “A Bela” lançados em 2021 e “Parece meu Nome”, “O Ônibus” e “Estrela” de 2023 que fazem parte de uma série de lançamentos previstos para o ano e que devem culminar com um novo álbum.

“A minha obsessão é a criação, o estudo e a busca pela qualidade artística, pelo conteúdo. Sofro de um preciosismo que muitas vezes atrapalha, me atrasa e me faz duvidar sempre. Vem com uma insatisfação que me põe de cara com meus limites e me obriga a experimentar sempre, a ir sempre mais fundo. Aí fui atuar em curta-metragens, fazer trilhas, praticar a poesia, vivenciar a dança e a performance, o design gráco e a arquitetura. Eu vejo tudo isso como partes de um mesmo processo de busca por uma linguagem que não cessa nunca.

Gosto de viajar por Minas Gerais, experimentar esse gosto de terra e história, ouvir a sua música, provar a sua culinária, sentir a sua luz única e uma certa nostalgia que toca como se fosse um tempo suspenso. Gosto de estar no meu canto, fazendo minhas coisas, lendo poesia, bons romances, um pouco de filosofia, estudando os clássicos da arquitetura, vendo bons filmes, perto dos meus olhos, da minha esposa, da minha cachorrinha bassê. E é claro adoro Caetano, Gil, Chico Buarque, Arnaldo Antunes, Milton, Lô Borges, Beatles, Led Zeppeling, Bach, Erik Sati, Piazzolla, Wisnik, Luiz Tatit, Almodóvar, Le Corbusier, Fernando Pessoa, Saramago, Paulo Leminski, etc, etc, etc…”(Foto abaixo: By Jomar)

“Roberto Uber é mais um bom exemplo de um dado relevante sobre a canção brasileira: ela é, antes e acima de tudo, uma maneira de dizer … e, para quem tem algo a
dizer, como Uber, todos os detalhes musicais deixam de ser detalhes para suas ótimas letras, melodias bem desenhadas e ao mesmo tempo fáceis de guardar na memória. … Uber se equilibra no alto de sua segurança como competente cancionista.” – Kristoff Silva

“A forma com que Roberto Uber trabalha a música é muito diferente da usual… constrói as estruturas harmônicas e melódicas com uma arquitetura que valoriza a
originalidade. Sua poesia passa por caminhos incomuns … Ele revira os conceitos, tira do lugar comum e nos deixa confortáveis…Roberto tem muito a contribuir para a música brasileira.” – Weber Lopes

“A composição de Roberto Uber é singular. Muito cuidadoso com as palavras, vai criando ambientes musicais que correspondem a elas. Resulta que cada canção tem sua
história, em letra e música, combinando bem doses de ousadia e recorrência, favorecendo a inteligibilidade da canção com uma ponta de provocação.” – Mauro Rodrigues

“Conheço o trabalho do compositor e cantor Roberto Uber já há dez anos, o qual reconheço como sendo de alto nível tanto musical quanto poético. Suas letras, sempre
instigantes e que refletem sua cultura vasta e eclética, são como crônicas sobre as questões da alma, o cotidiano brasileiro, a mineiridade e Belo Horizonte. Suas melodias e harmonias angulosas, nunca óbvias, traduzem e sublinham as palavras às quais estão a serviço… Coisa fina para ouvidos que pedem simplicidade e sofisticação ao mesmo tempo.” – Fausto Borém(Contrabaixista, foi, em 1993, o primeiro brasileiro a receber o Título de Doutor em Contrabaixo (University of Georgia, EUA).

“Roberto Uber é um batalhador da música, um amante eterno da MPB que procura sempre o aprimoramento e a realização dos seus projetos que privilegiam a qualidade. São
boas músicas de autor.” – Murilo Antunes (Murilo Antunes é letrista, participante do Clube da Esquina, com parcerias com Milton Nascimento, Lô Borges, Nélson Ângelo, Flávio Henrique e outros)

“Cada canção deve contar uma história, a letra deve corresponder à música, cada palavra deve ser justa e um traço de inventividade e transgressão é essencial. Deve flertar com a poesia e a oralidade. A letra precisa ser transmutada pela melodia, colada pela harmonia de forma a se tornar indivisível e inseparável. E deve soar fácil, principalmente fácil. Esse é o desafio do cancioneiro. Às vezes a gente chega lá’’ – Roberto Uber

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Cleo Oshiro
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