Anabel Andrés: Performer, musicista, compositora, arte-educadora, co-criadora e co produtora do grupo musical Vozes Bugras. Produziu em 2020 o álbum solo digital “Além da expansão dos desertos”, e em 2021 publicou sua versão em livro/CD. É narradora do áudio livro Mistérios da Bússola Azul de Claudia Pucci Abrahão.
Integra o núcleo de São Paulo do Projeto Dandô – Circuito de Música Dércio Marques. É membro da Orquestra do Corpo, de percussão corporal e vocal, criada por Fernando Barba, com colaboração de Stênio Mendes. Foto abaixo: By Ione Cadengue
Além da expansão dos desertos” é o álbum autoral de Anabel Andrés, compositora, musicista e performer paulistana, co-criadora e co-produtora do grupo Vozes Bugras. Foto acima: Ione Cadengue / Diagramação da imagem: Katya Teixeira O repertório aborda o tema urgente da preservação ambiental através de um roteiro musical diversificado, passando pela catira paulista, o xote, o samba-canção, o huayno peruano, o rock, o blues e outros, em um manifesto musical cheio de paisagens sonoras e afeto.
É uma obra que toca a consciência e propõe uma viagem para o encantamento de reconhecer a presença da natureza que ainda nos rodeia e considerar a interconexão entre todas as coisas na teia da vida. Um mergulho sensorial que se revela através da escuta sensível para as paisagens sonoras em que vivemos.
“Além da expansão dos desertos” fala da transformação de atitudes, dos valores do consumismo predatório para a perspectiva humanista de cuidado e
respeito para com a Terra e a Vida em sua diversidade. Foto abaixo: By Bianca Moreno
Criadora com Priscila Magella e co-produtora do projeto Duas Beiras: das barrancas do Velho Chico às margens do Rio Pinheiros, integra a Trupé Cia de Artes como cantora. É parceira performer do compositor pesquisador audiovisual Vanderlei Lucentini. Faz parte do coletivo musical Uma Terra Só. Participou da Orquestra Orgânica de Stênio Mendes e foi co-fundadora do do Núcleo Orgânico Performático de música espontânea. Ao lado do cantador pesquisador Eliezer Teixeira apresenta o programa Prosa e Cantoria pela web rádio www.casileoca.com Participou dos álbuns de Barbatuques, Daniela Lasalvia, Ully Costa, Katya Teixeira e Luiz Salgado, Eliezer Teixeira, Kaipira Urbano e Mac Donny’s & Bram Band.
O grupo Vozes Bugras é um coletivo de mulheres artistas com uma trajetória de pesquisa e criação comprometida com a cultura popular brasileira de raiz, buscando honrar as matrizes étnicas de nossa cultura e os saberes ancestrais a partir dos cantos, canções, lendas e mitos presentes nas manifestações culturais de diferentes comunidades e territórios do Brasil. Foto abaixo: Ulisses Matandos
Desde sua criação em 2002 desenvolve um processo artístico onde renova a cada apresentação o sentido de rituais ancestrais, celebrando a riqueza e a diversidade de nossas raízes culturais, promovendo a reflexão sobre o sagrado, o feminino e a pluralidade no nosso legado cultural.
Seu primeiro álbum, Vozes Bugras, foi lançado em 2012, impulsionado pela grande dama da música brasileira de raiz, Inezita Barroso, que convidou o grupo em 2011 para participar do programa Viola minha Viola/TV Cultura.
Em 2014 lançou o álbum Folia, com músicas e narrativas populares que se realizam pelo país no período natalino tradicional, como pastoril, folia de reis, reisado, lapinha e boi bumbá, que vem encantando plateias de todas as idades com a riqueza cultural do Brasil profundo. Em 2018 criou o espetáculo Motumbá, no qual reverencia a matriz africana da cultura brasileira, através de um repertório musical de compositoras e compositores contemporâneos brasileiros.
Em 2020 lançou o single e clipe Confraria das Bruxas, que integra o repertório do novo trabalho, Fertilidade, composto de canções autorais e narrativas criadas pelas integrantes e parceiras/os, constelando as temáticas do corpo feminino, da ancestralidade, da preservação ambiental e da espiritualidade conectada com a Terra, sob uma perspectiva decolonial e afirmativa do lugar de fala das mulheres.
Atualmente o grupo é composto por Anabel Andrés (voz, violão, cavaco e percussão), Anunciação (voz, violão, viola e percussão, Cássia Maria (percussão e voz), Célia Gomes (narração e percussão), Tiane Tessaroto (voz e percussão) e Uli Costa (voz e percussão).Foto abaixo: Ulisses Matandos
Vozes Bugras vem se apresentando em palcos de diversas cidades do Brasil, e participa com frequência de eventos voltados para a valorização da diversidade etnocultural brasileira, do patrimônio cultural imaterial, dos direitos das mulheres e de minorias, e eventos educativos ampliando o olhar sobre a cultura brasileira.
O nome “Vozes Bugras” surgiu como um trocadilho com “O Mistério das Vozes Búlgaras”, porém não se trata de mero acaso, pois a denominação depreciativa, bugre, dada aos indígenas brasileiros pelos colonizadores, provém do termo francês bougre, referente aos povos tribais da Bulgária considerados “hereges”, resistentes à ocupação de seu território em séculos passados, estendendo-se a todo aquele que fosse considerado rude ou selvagem, em contraposição a uma ideia exclusiva de civilização europeia, corroborando o conceito fundamental da pesquisa de repertório do grupo sobre as manifestações tradicionais que remetem à identidade cultural do povo brasileiro.
Foto da capa: By Bianca Moreno
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