Ucrânia nega alegação russa de que atacou o Kremlin com drones

O gabinete presidencial da Rússia acusou a Ucrânia de enviar dois drones para atacar o Kremlin em uma tentativa de matar o presidente Vladimir Putin.

O serviço de imprensa presidencial disse, em um comunicado, na quarta-feira (3), que dois veículos aéreos não tripulados tinham como alvo a sede do governo russo em Moscou.

A declaração diz que os sistemas de guerra eletrônica os desativaram. O comunicado diz que os destroços caíram no Kremlin, mas não causaram danos. Afirma que Putin não foi ferido e que sua agenda continuará como de costume.

O suposto ataque ocorreu antes do desfile do Dia da Vitória na capital russa, na terça-feira (9). Putin está programado para fazer um discurso na Praça Vermelha, perto do Kremlin.

A declaração do gabinete presidencial acusa a administração ucraniana liderada pelo presidente Volodymyr Zelenskyy de realizar o suposto ataque.

Ele chama o incidente de “um ato pré-planejado de terrorismo e um atentado contra a vida do presidente russo” e diz que Moscou “se reserva o direito de retaliar quando e onde achar necessário”.

O porta-voz Dmitry Peskov disse que Putin estava trabalhando fora da capital na ocasião.

Ele disse que o ataque do drone não afetou a agenda do presidente e que o desfile será realizado conforme planejado.

O gabinete presidencial divulgou imagens do encontro de Putin com um governador do oeste da Rússia.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, proibiu o voo de drones na capital, com exceção daqueles lançados pelas autoridades.

Enquanto isso, um porta-voz de Zelenskyy divulgou uma declaração que ecoa a negação do presidente de que a Ucrânia tenha atacado Putin ou Moscou.

A declaração diz que a Ucrânia está “dedicando todos os seus esforços e recursos para a libertação de seus próprios territórios, não para atacar outros países”.