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sábado, 2024/07/27  8:24
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Sobrevivente da bomba atômica desapontada com a “visão de Hiroshima” do G7

Uma sobrevivente da bomba atômica, de 91 anos de idade, disse a repórteres em Hiroshima no domingo (21), que estava desapontada por não haver menção ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares na declaração sobre o desarmamento nuclear que os líderes do G7 divulgaram durante sua cúpula.

Sobrevivente da bomba atômica desapontada com a “visão de Hiroshima” do G7

Uma sobrevivente da bomba atômica, de 91 anos de idade, disse a repórteres em Hiroshima no domingo (21), que estava desapontada por não haver menção ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares na declaração sobre o desarmamento nuclear que os líderes do G7 divulgaram durante sua cúpula.

Setsuko Thurlow, que hoje vive no Canadá, estava a cerca de 1,8 quilômetro do marco zero e foi exposta à radiação da explosão quando tinha 13 anos.

Há mais de meio século, ela vem pedindo a abolição das armas nucleares em todo o mundo. Ela fez um discurso na cerimônia do Prêmio Nobel da Paz quando a Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares, ou ICAN, recebeu o prêmio em 2017.

Thurlow declarou que achava que a declaração “Visão de Hiroshima dos líderes do G7 sobre desarmamento nuclear” não mencionava seus sentimentos.

Ela disse que o povo de Hiroshima esperava que os líderes entendessem o significado da cúpula realizada na cidade, visitassem o Museu Memorial da Paz de Hiroshima e vissem o que as pessoas da cidade passaram.

Thurlow disse que ficou surpresa com o fato de a declaração não ter incluído uma única palavra sobre o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, que realmente existe na comunidade internacional.

Ela disse que também ficou desapontada com o fato de a declaração conter apenas assuntos que foram discutidos no passado, apesar de os líderes terem tido a oportunidade de se encontrar com sobreviventes da bomba atômica, visitar o museu e refletir.

Thurlow acrescentou que não acha que a cúpula do G7 em Hiroshima tenha criado um impulso para que a população e o governo trabalhem juntos para abolir as armas nucleares.

Ela enfatizou que espera que os líderes não deixem que a cúpula do G7 termine como uma comemoração, mas que mantenham o ímpeto em direção à abolição das armas nucleares.