Primeiro-ministro do Japão planeja aumentar o envolvimento com o Sul Global na cúpula do G7

O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, disse que usará a próxima cúpula do G7 para impulsionar o envolvimento do grupo com as nações emergentes e em desenvolvimento, conhecidas coletivamente como o Sul Global. O Japão sediará a cúpula na cidade de Hiroshima a partir de 19 de maio.

Kishida falou na quinta-feira (4), em uma coletiva de imprensa em Moçambique, a quarta e última etapa de sua turnê pela África.

Ele disse que usará suas conquistas diplomáticas durante as discussões na cúpula para fortalecer a unidade do G7 e seu envolvimento com o Sul Global.

Kishida disse que, em um momento em que a comunidade internacional está marcando um ponto de inflexão histórico, o G7 precisa mostrar que está comprometido com a proteção de uma ordem internacional livre e aberta baseada no estado de direito.

Muitas nações do Sul Global, incluindo países africanos, tendem a adotar uma postura não alinhada em relação à situação na Ucrânia.

Kishida alertou que está em andamento uma conspiração para dividir o mundo, dando uma impressão errônea de que o aumento dos preços dos alimentos e da energia é decorrente das sanções do G7 contra a Rússia.

O primeiro-ministro disse que o Japão precisa oferecer uma cooperação ativa de forma tangível, agir como uma ponte entre o G7 e o Sul Global e seguir com o estado de direito.

Ele também enfatizou a necessidade de formar laços mais estreitos com as nações do Sul Global, compreendendo os vários desafios enfrentados por elas e fornecendo apoio sincero para resolver os problemas.

Kishida explicou que concordou com os líderes africanos, durante sua viagem, que o Japão ajudaria suas nações a resolver os desafios. Ele acrescentou que eles confirmaram que qualquer tentativa de mudar unilateralmente o status quo pela força é inaceitável em qualquer lugar do mundo.

Kishida disse que ele e os líderes africanos também discutiram a questão do Sudão. Ele disse que o Japão se unirá a outros países para ajudar a acalmar a situação no Sudão e restaurar a ordem, enviando um enviado especial e fornecendo assistência humanitária de emergência.