Pesquisa da NHK indica que a população japonesa está dividida quanto a alteração do Artigo 9 da Constituição
Uma pesquisa da NHK sobre a Constituição do Japão mostrou que cerca de 30% dos japoneses acham que o Artigo 9, que renuncia à guerra, precisa ser emendado. Aproximadamente a mesma porcentagem acha que a revisão não é necessária.
A NHK realizou a pesquisa em abril, antes do 76º aniversário da Constituição do Japão do pós-guerra, em 3 de maio. A pesquisa telefônica aleatória teve como alvo 3.275 adultos. Cerca de 47% deles responderam.
Um total de 35% dos entrevistados disseram que a Constituição, em geral, precisa ser revisada, enquanto 19% disseram que não precisa. A proporção foi praticamente a mesma de uma pesquisa realizada pela NHK no mesmo período do ano passado.
Um total de 54% dos que apóiam a revisão disseram que ela é necessária para lidar com as mudanças no ambiente de segurança que cerca o Japão. Outros 22% disseram que o direito de autodefesa do Japão e a presença das Forças de Autodefesa devem ser esclarecidos e 11% disseram que novos direitos devem ser incorporados à Constituição, como direitos de privacidade e ambientais. Seis por cento disseram que os Estados Unidos impuseram a atual Constituição ao Japão.
Um total de 64% das pessoas que disseram que não é necessário revisar a Constituição afirmaram que querem preservar o Artigo 9. O artigo que renuncia à guerra diz que o Japão nunca manterá forças terrestres, marítimas e aéreas, bem como outros meios potenciais para travar uma guerra.
Outros 14% dos que são contra a revisão disseram que a Constituição protege os direitos humanos básicos, 12% disseram que ela já é amplamente aceita pelo público e 6% disseram que uma emenda prejudicaria as relações com outros países asiáticos.
Com relação ao Artigo 9, 32% disseram que uma emenda é necessária, enquanto 30% disseram que não. Outros 34% disseram que não conseguiam decidir se o artigo deveria ser alterado. A proporção foi praticamente a mesma da pesquisa do ano passado.
Quando perguntados sobre a decisão do governo de adquirir recursos de contra-ataque contra bases de lançamento de mísseis, 25% dos entrevistados disseram que acham que a decisão viola o Artigo 9, enquanto 20% disseram que não. Outros 49% disseram que não sabiam se isso acontecia.
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