Ministros da Ciência do G7 concordam com a “ciência aberta”, mas demonstram preocupação com o uso indevido de dados

Os ministros da Ciência do G7 confirmaram que promoverão a abertura de dados de pesquisa entre os países, ao mesmo tempo em que levantam preocupações sobre o uso indevido de tais informações por terceiros.

As autoridades aprovaram uma declaração conjunta no sábado (13), em seu segundo dia de negociações na cidade de Sendai, no nordeste do Japão.

A declaração afirma que os países promoverão a “ciência aberta”, na qual os pesquisadores de todo o mundo compartilham os dados de pesquisa e os artigos acadêmicos de cada país.

Mas a declaração expressou a preocupação de que alguns atores possam tentar explorar ou distorcer injustamente o ambiente de pesquisa aberta e se apropriar indevidamente dos resultados da pesquisa para fins militares. Essa é uma aparente referência à China.

Também incluiu um aparente alerta contra o aumento das atividades marítimas ao redor do Ártico por parte da China e da Rússia.

A declaração destacou que a pesquisa no Ártico deve ser conduzida “com relações de pesquisa de longo prazo baseadas em confiança, respeito e interesses mútuos”.

A declaração também disse que os países trabalharão juntos na redução de detritos espaciais para garantir o uso seguro do espaço sideral, que é um local crucial para a pesquisa científica e a segurança nacional.

A ministra da Ciência do Japão, Takaichi Sanae, disse que foi uma reunião muito proveitosa para abordar os desafios globais.

Takaichi disse que o Japão trabalhará com outras nações do G7 para promover a abertura de dados de pesquisa com países que compartilham valores para criar um ambiente no qual os pesquisadores possam se sentir seguros ao cooperar uns com os outros.