Grupo de estudo americano diz que a Rússia, provavelmente, armou o ataque de drones ao Kremlin

O Instituto para o Estudo da Guerra, grupo de reflexão dos EUA, afirma que um suposto ataque de drones ao escritório presidencial da Rússia, provavelmente, foi encenado pela administração do presidente Vladimir Putin.

O Kremlin disse, em um comunicado na quarta-feira (4), que dois veículos aéreos não tripulados atacaram o escritório presidencial em Moscou.

A declaração acusa a administração ucraniana liderada pelo presidente Volodymyr Zelenskyy de realizar o ataque.

Ela chama o incidente de um ato de terrorismo planejado pela administração Zelenskyy para assassinar o presidente Putin e ameaça retaliação.

A mídia russa afirma que o ataque do drone ocorreu por volta das 2h da manhã de quarta-feira, horário local, e que o comitê federal de investigação iniciou uma sindicância.

Zelenskyy negou, veementemente, o envolvimento da Ucrânia. Ele disse que Putin está procurando uma maneira de motivar seu povo.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que viu os relatórios e que não pode validá-los de forma alguma.

Ele acrescentou: “Eu consideraria qualquer coisa vinda do Kremlin com uma grande dose de sal”. Ele disse que o governo dos EUA determinará quais são os fatos.

O think tank observou em sua avaliação na quarta-feira, que “as autoridades russas recentemente tomaram medidas para aumentar as capacidades de defesa aérea doméstica russa, inclusive dentro da própria Moscou”.

O instituto disse que “é, portanto, extremamente improvável que dois drones pudessem ter penetrado em várias camadas de defesa aérea e detonado ou sido abatidos logo acima do coração do Kremlin”.

Ele disse que a Rússia, provavelmente, encenou o ataque com drones em uma tentativa de “estabelecer condições para uma mobilização social mais ampla”.

O suposto ataque ocorre antes do desfile do Dia da Vitória na capital russa, na terça-feira.

O instituto concluiu que “o Kremlin pode usar o ataque para justificar o cancelamento ou limitar ainda mais as celebrações de 9 de maio”.