A maioria do pessoal no desfile da Rússia não é das forças regulares diz ministério da Defesa da Grã-Bretanha

O Ministério da Defesa da Grã-Bretanha afirma que a maioria dos militares russos presentes no desfile do Dia da Vitória, na terça-feira (9), não pertencia às forças regulares.

O ministério publicou, na quarta-feira, sua análise sobre o desfile anual em Moscou, que comemorou a vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

O ministério disse, em sua atualização de inteligência, que mais de 8.000 pessoas teriam participado do desfile, mas a maioria era de forças auxiliares, paramilitares e cadetes de estabelecimentos de treinamento militar.

O relatório de inteligência observou que um T-34 antigo de uma unidade cerimonial era o único tanque no desfile. Ele analisou que as autoridades russas, provavelmente, se abstiveram de colocar em campo mais veículos blindados para evitar críticas internas sobre a priorização de desfiles em detrimento de operações de combate.

O Ministério da Defesa britânico expressou sua opinião de que o desfile destacou os desafios materiais enfrentados pelas forças armadas da Rússia.

O Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank dos EUA, publicou na terça-feira sua avaliação da campanha ofensiva russa, que analisou o discurso feito pelo presidente russo Vladimir Putin durante a celebração.

O documento diz que Putin também se recusou a usar eventos recentes notáveis para oferecer qualquer visão concreta sobre como reverter os reveses militares russos na Ucrânia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy comparou Putin a Adolf Hitler em seu discurso em vídeo publicado na terça-feira. Ele disse: “É apenas uma questão de tempo até que o atual agressor perca, como o agressor que perdeu há 78 anos”.