Japão e China realizarão cúpula presencial pela primeira vez em 3 anos
O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, e o presidente da China, Xi Jinping, estão prontos para manter conversações presenciais à margem da cúpula da APEC – a primeira vez que os líderes dos países o fazem em cerca de três anos.
Após a cúpula do G20 em Bali, Indonésia, encerrada, Kishida irá a Bangkok para participar da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico – APEC, na quinta-feira.
Ele está agendado para manter conversações com Xi no mesmo dia.
Kishida disse, na quarta-feira, aos repórteres, que há várias possibilidades, assim como questões e desafios, nas relações Japão-China. Ele expressou a determinação de realizar discussões que provarão ser um ponto de partida para promover o diálogo com o país.
Levando em conta que este ano marca o 50º aniversário desde que os dois países normalizaram as relações diplomáticas, Kishida pretende construir relações construtivas e estáveis com a China.
Ele planeja transmitir, pessoalmente, a posição de Xi sobre a crescente pressão militar da China sobre Taiwan e as repetidas intrusões nas águas territoriais japonesas próximas às ilhas Senkaku, na Prefeitura de Okinawa, sudoeste do Japão.
O Japão controla as ilhas. O governo japonês mantém as ilhas como uma parte inerente do território do país. China e Taiwan as reivindicam.
Kishida também procura preparar o caminho para um descongelamento dos laços do Japão com seu vizinho, convidando a China a dar as mãos para enfrentar desafios comuns, como a mudança climática.
Enquanto isso, espera-se que Xi enfatize a importância de boas relações bilaterais, na esperança de atrair investimentos do Japão.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, disse, na quarta-feira, aos repórteres, que a China e o Japão irão lidar adequadamente com as diferenças e construir uma relação bilateral que atenda às exigências da nova era.
Ao mesmo tempo, Pequim mantém seu “Princípio de Uma China” no centro dos interesses do país, enquanto Xi indicou que não descartará o uso da força para alcançar o que ele chama de reunificação de Taiwan.
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