Funeral de Estado de Abe será realizado nesta terça-feira
Mais de 4.000 pessoas se reunirão para o funeral do ex-Primeiro Ministro japonês, Abe Shinzo, em Tóquio, nesta terça-feira. Abe foi baleado e morto durante um discurso de campanha eleitoral em julho.
Entre os oradores no funeral estão o primeiro-ministro, Kishida Fumio, os chefes das Câmaras Baixa e Alta do Japão e o presidente da Suprema Corte.
O ex-primeiro-ministro, Suga Yoshihide, também falará em nome dos amigos de Abe.
Membros do público poderão colocar flores em um altar próximo ao local do evento.
A vice-presidente americana, Kamala Harris, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, estarão entre os representantes de cerca de 200 países, regiões e organizações internacionais.
O primeiro-ministro Kishida deverá se reunir, separadamente, com cerca de 40 dignitários estrangeiros, até quarta-feira.
A segurança está extremamente rígida em torno do local, assim como as missões e instalações estrangeiras que acomodam VIPs.
A decisão do governo, de realizar um funeral de Estado, atraiu protestos. Alguns dizem que pagar o custo total do evento com dinheiro público é inadequado.
Outros questionam a lógica. Apenas um outro ex-primeiro-ministro do pós-guerra recebeu um funeral de Estado.
Uma pesquisa de opinião da NHK, neste mês, constatou que mais da metade dos entrevistados não aprovava a realização do evento.
72% disseram que a explicação do governo não foi suficiente.
O assassino de Abe foi preso no local. Ele, alegadamente, guarda rancor contra um grupo religioso com o qual ele acredita que Abe tinha laços estreitos.
O suspeito disse aos investigadores que sua mãe havia doado enormes quantias de dinheiro ao grupo, perturbando seriamente a vida de sua família.
O grupo, anteriormente conhecido como Igreja da Unificação, foi acusado de forçar os seguidores a comprar itens, incitando ansiedades sobre assuntos espirituais.
O assassinato de Abe fez com que o público se voltasse para as conexões políticas do grupo, especialmente com os legisladores do Partido Liberal Democrático, governante.
A última pesquisa da NHK revelou que 65% dos entrevistados disseram que não achavam que o LDP estava tratando o assunto adequadamente.
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