Quatro meses depois, o conflito na Ucrânia se transforma em guerra de atrito

Quatro meses se passaram desde a invasão russa da Ucrânia, e o conflito está se tornando uma guerra de atrito.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta quinta-feira (23), que suas tropas já mataram mais de 150 soldados ucranianos na região leste de Luhansk. Acrescentou que eles destruíram 49 instalações de combustível e até 50 veículos de combate pertencentes às forças ucranianas.

Acredita-se que as forças russas estejam concentrando sua ofensiva nas duas regiões orientais da Ucrânia. Eles estão intensificando seus ataques ao reduto ucraniano de Severodonetsk e à vizinha cidade de Lysychansk, numa tentativa de assumir o controle total de Luhansk.

O Ministério da Defesa britânico também disse na quinta-feira (23), que as forças russas estão intensificando sua ofensiva na área ao redor de Severodonetsk, avançando suas unidades em direção a Lysychansk.

O Instituto para o Estudo da Guerra, um grupo de reflexão norte-americano, também disse na quarta-feira (22), que é altamente provável que as forças russas cheguem a Lysychansk dentro de poucos dias.

Enquanto isso, as forças ucranianas estão tentando recapturar algumas áreas controladas pela Rússia na região sul de Kherson. Elas também estão continuando batalhas intensas em áreas ao longo do Mar Negro e ilhas que compõem a rota de transporte para a exportação de grãos.

Oleksii Reznikov, ministro da defesa da Ucrânia, disse na quinta-feira (23), que seu país recebeu uma entrega de Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, o que lhes permitirá atingir alvos a até 80 quilômetros de distância.

Ele acrescentou que o verão será quente para os ocupantes russos, e que será “o último” para alguns deles. Mas o presidente russo Vladimir Putin expressou sua determinação de não recuar, em 17 de junho, dizendo que seu país alcançará todos os objetivos do que ele chama de operação militar especial.