Kishida espera aumentar as capacidades de dissuasão com os EUA

O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, e o presidente americano, Joe Biden, se reunirão no Japão na próxima semana, em meio às atividades cada vez mais assertivas da China.

Kishida quer confirmar com Biden que o Japão e os Estados Unidos tomarão medidas para reforçar sua capacidade de dissuasão e resposta.

A reunião dos dois líderes está agendada para a próxima segunda-feira (23). Esta será a primeira visita de Biden ao Japão como presidente. Os principais tópicos da reunião deverão incluir os movimentos da China no Mar da China Oriental, bem como sua coerção econômica.

As conversações ocorrem num momento em que a China mostra sua relutância em criticar explicitamente a invasão russa da Ucrânia.

Kishida espera chegar a um acordo com Biden de que qualquer tentativa unilateral de mudar o “status quo” pela força em qualquer parte do mundo é inaceitável.

Kishida provavelmente transmitirá a prontidão do Japão em reforçar, fundamentalmente, suas capacidades de defesa. O Partido Liberal Democrático, no poder, propôs que o Japão deve possui “capacidade de contra-ataque” contra ameaças de mísseis balísticos e também exigiu um aumento nos custos de defesa.

Suas discussões também, provavelmente, cobrirão o compromisso dos EUA de proporcionar uma dissuasão maior para o Japão, usando suas capacidades convencionais e nucleares.

Espera-se que os líderes japoneses e americanos confirmem seu compromisso de apoiar a Ucrânia, bem como de impor pesadas sanções à Rússia, em conjunto com outros membros do G7.
Eles também, provavelmente, reafirmarão a importância de apelar aos países da Ásia e da África para que trabalhem em estreita colaboração sobre o assunto.