Kishida e Biden devem firmar acordos para reforçar o poder de dissuasão
O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontrarão em Tóquio nesta segunda-feira (23). Espera-se que eles afirmem uma estreita cooperação sobre a situação na Ucrânia e planos para reforçar a capacidade de dissuasão e resposta.
Biden chegou ao Japão no domingo (22), para sua primeira visita ao país desde que tomou posse.
Espera-se que Kishida e Biden reafirmem sua política de trabalhar com as nações do G7 para manter as duras sanções contra a Rússia e dar apoio à Ucrânia em resposta à invasão de Moscou.
Os dois líderes, provavelmente, compartilharão a opinião de que a ordem internacional baseada em regras foi desafiada por ações, como a invasão da Rússia e o comportamento hegemônico da China.
Com o reconhecimento em mente, espera-se que Kishida e Biden concordem em solidificar ainda mais a aliança Japão-EUA.
Kishida pretende transmitir sua idéia de impulsionar, fundamentalmente, a capacidade de defesa do Japão. O Partido Liberal Democrático, no poder, propõe que o país deve aumentar seu orçamento de defesa e possuir “capacidade de contra-ataque” para lidar com as ameaças de mísseis balísticos.
Kishida também espera confirmar o fortalecimento da “dissuasão ampliada” de Washington para o Japão. Este é um conceito para deter ataques a aliados com capacidade de defesa dos EUA, incluindo forças nucleares e convencionais.
Espera-se que Kishida e Biden confirmem que seus países irão cooperar bilateralmente, e trilateralmente com a Coréia do Sul, para lidar com a Coréia do Norte.
Os líderes também, provavelmente, confirmarão a cooperação para a aquisição estável de energia em meio à situação ucraniana e para o fornecimento estável de semicondutores, que estão em falta em todo o mundo.
Eles provavelmente, também, discutirão outras questões, tais como mudança climática e medidas contra a pandemia do coronavírus chinês.
Espera-se que Biden anuncie o lançamento do Quadro Econômico Indo-Pacífico, ou IPEF. Kishida está tomando providências para expressar a vontade do Japão em aderir.
O IPEF é uma iniciativa econômica, aparentemente, destinada a equilibrar os movimentos da China na região.
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