A AIEA seguirá com o plano para liberar água tratada de Fukushima Daiichi

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, disse que sua organização continuará a avaliar o plano do Japão de descarregar água tratada diluída, da usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada, no mar.

O diretor geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, fez os comentários durante as negociações com o ministro da indústria japonês, Hagiuda Koichi, em Tóquio na quarta-feira (18). Os dois discutiram um plano de liberação que o operador da usina, Tokyo Electric Power Company, elaborou com base na política do governo.

Água usada para resfriar os combustíveis nucleares fundidos, juntamente com a chuva e as águas subterrâneas é tratada para remover a maioria dos materiais radioativos, mas a água filtrada que está se acumulando na usina ainda contém trítio.

De acordo com o plano, a água será diluída para baixar a concentração de trítio para níveis abaixo dos regulamentos nacionais, antes que a água seja descarregada no oceano. O plano visa a próxima primavera para a liberação da água tratada.

Na reunião, Hagiuda se referiu à visita da força-tarefa da AIEA ao Japão, no início deste ano, para avaliar o plano. Ele observou que a avaliação é muito importante para obter a compreensão das pessoas no país e no exterior para a liberação, e prometeu total apoio ao esforço.

Grossi disse que a AIEA continuará verificando o plano.

Mais tarde, a reunião foi encerrada para a mídia. Grossi é citado como tendo dito que uma vez concluída a revisão da AIEA, as pessoas em todo o mundo estariam convencidas de que a liberação de água tratada não afetaria a saúde das pessoas ou o meio ambiente.

A visita de Grossi, de três dias, começou nesta quarta-feira (18). Ele está agendado para visitar a usina de Fukushima Daiichi na quinta-feira (19), e inspecionar os procedimentos de desativação do reator e o armazenamento da água tratada. Ele também manterá conversações com os funcionários da Companhia de Energia Elétrica de Tóquio – TEPCO.

A AIEA diz que publicará um relatório sobre o plano de descarga do Japão até a próxima primavera, com base na avaliação da força-tarefa, na inspeção do diretor-geral, entre outros.