Yana Purim: cantora brasileira radicada na França lança o álbum “Baladas”
Yana Purim, cantora e compositora brasileira, radicada na França onde vive atualmente, foi a artista mais ouvida de seu estilo musical no Spotify em novembro de 2021, seus discos foram considerados por muitos como uma obra-prima da Apple Music nos últimos dois meses, muito elogiados por seus ouvintes. Seu novo disco Baladas, foi lançado nas plataformas digitais em 2021 a partir de material que a cantora tinha gravado com o Jean Yves Candela.
Já um sucesso nas principais plataformas de streaming, “Baladas”, o mais recente trabalho da cantora, demonstra ser apenas o canto poético de Yana Purim e sua entrega única de emoções. Grandes canções fazem parte desse lindo disco, e o grande pianista francês Jean Yves Candela apresenta um acompanhamento de cordas exuberante, mas discreto, trazendo um raro jogo entre eles. O disco está belíssimo!!!
Irmã mais nova de Flora Purim e cunhada do músico Airto Moreira, o legado musical de Yana, que ela vem construindo ao longo dos anos, tem levado ao mundo o que há de mais bonito da música brasileira, inclusive no Japão. “Birds of Brazil”, foi lançado na Europa e Japão. “For A Distant Love” foi relançada na Europa (pela gravadora britânica Sonet Records em 1989) e no Japão (pela Alfa Records em 1990) sob o título “Bird of Brazil”, com uma capa diferente e um novo domínio.
Nascida no Rio de Janeiro, e vivendo atualmente em Paris, quando se mudou para Los Angeles em 1977, iniciando a sua carreira musical, Yana trabalhou com vários músicos, entre eles, o trombonista Frank Rosolino e o saxofonista Joe Farrell. Escreveu letras para as músicas de Mal Waldron, Chick Corea, Joe Sample e Thad Jones, Michel Colombier (uma das canções que escreveram juntos, “Blues Ballad”, foi gravada no “Everyday, Everynight Album” de Flora Purim). Em 1984, participou do Festival de Jazz dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, com Moacir Santos, Milcho Leviev e Charlie Haden.
Com uma marcante identidade vocal e autoral, sempre produzindo e liderando com maestria seus próprios grupos em gravações e shows, Yana se tornou uma presença constante nos finais de semana nos melhores clubes de jazz de Los Angeles do final dos anos 70, como Carmelo’s, Donte’s, Jazz Club Comeback Inn (do empresário de jazz Will Rabee), Soud Room e Roxy Theater, Pasquale’s e The Baked Potato.
Em 1986, Yana lançou pelo selo (Eldorado) o seu segundo álbum For a Distant Love, brindando o público com a mistura da bossa e jazz e com as participações do cunhado Airto Moreira, Toninho Horta, o guitarrista Luiz Bonfá, Pascoal Meirelles. “Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá), “Bebê” (Hermeto Pascoal). “Bebê” foi composto por Hermeto Paschoal em 1972 e gravada em seu primeiro elepê solo para a Philips (“A Música Livre de Hermeto Paschoal”, 1973), tornando-se uma das suas músicas mais conhecidas e gravadas – e em 1973.
“Por um Amor Distante“ (Luiz Bonfá / Yana Purim), “Espanha” de Chick Corea e “Serenata” (Toninho Horta) foram os destaques do álbum. O interessante é que em 1989 o disco foi lançado novamente, só que dessa vez como Bird of Brazil. Yana possui 100% dos direitos de toda a sua obra, e é por isso que foi possível “For a Distant Love” ser relançado como “Bird of Brazil.
Yana também cantou com Frank Rosolino, Joe Farrell, Moacir Santos, Hugo Fattoruso, Herbie Hancock, Dave Frishberg. Como letrista, escreveu para Mal Waldron, Thad Jones, Chick Corea, Hermeto Paschoal, João Donato, Joe Sample e muitos outros. Yana sempre contou com profissionais fantásticos nos seus discos, e o álbum “Bird of Brazil”, não fugiu a regra.
A música foi uma parceria de Yana Purim e Chick Corea e teve participações especiais de grandes músicos, como Airto Moreira, Luiz Bonfá, Arismar do Espírito Santo, Artur Maia, Pascoal Meireles, Toninho Horta, entre outras grandes ícones da música. A produção foi da própria cantora.
No LP “Harvest Time”, lançado no Brasil em 1987, trouxe uma grande influências do jazz, e contou com participações especiais de Herbie Hancock, Eumir Deodato, João Donato, Alphonso Johnson e Pascoal Meirelles. A música Amazonas foi autoria de Joao Donato & Lysias Enio. “Harvest Time” da cantora Yana Purim com Herbie Hancock teve lançamento na Europa e Japão em 1990, pela gravadora (Sonet, Alfa).
Seu álbum de estreia autointitulado (Yana Purim) produzido pela RCA, foi gravado inicialmente em Los Angeles com Dave Frishberg, e concluído no Rio com o pianista e compositor João Donato, o guitarrista Victor Biglione, o baixista Alex Malheiros (Azymuth), o baterista Pascoal Meirelles , o saxofonista Nivaldo Ornelas.
No repertório Yana brinda a todos com a sua belissíma voz nas músicas “Canto triste” ( Edu Lobo / Vinícius de Moraes), “Até quem sabe” ( João Donato), “Segue” ( Moacir Santos ) e o jazz “Trane’s Soul Eyes” do pianista Mal Waldron. Yana escreveu a letra dessa música que passou a se chamar (“Maninha”) no álbum que foi lançado em 1982, com encarte de Herbie Hancock.”
As participações valiosíssimas sempre estiveram presentes nos discos de Yana, como os citados anteriormente e Lew Soloff, Heraldo do Monte, George Young, Dave Mattews e Claudio Roditti.
Brasilyanas vol. 1, lançado em 1994, foi um disco que apresentou um dueto fantástico de Yana com o violonista Heraldo do Monte, incluindo uma surpreendente versão em inglês de “Atrás da Porta”, mas o disco apresentou muitas outras preciosidades, confira na playlist:
- Luíza (AC Jobim)
- Atrás da Porta (Francis Hime – Yana Purim)
- Romance de Amor (domínio público – Yana Purim)
- Isto Aqui o Que É (Ary Barroso)
- Pra Você (Sylvio Cesar – Yana Purim)
- Eu e a Brisa (Johnny Alf)
- Canção do Amanhecer (Edu Lobo – Vinicius de Moraes)
- Meu Coração Tolo (Ned Washington – Victor Young)
- O Que Tinha de Ser (Tom Jobim)
- Amor Amigo (Yana Purim)
- Samba da Pergunta (Pingarilho – Marcos Vasconcelos)
- Retrato em Branco e Preto (Tom Jobim)
Da Redação by Cleo Oshiro
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