Junta de Myanmar reage com firmeza diante da decisão da ASEAN

Militares de Myanmar afirmam que estão “extremamente desapontados e fortemente contrariados” com uma decisão tomada pela Associação das Nações do Sudeste Asiático, ou Association of Southeast Asian Nations – ASEAN, de excluir seu líder de uma cúpula do grupo no final deste mês.

Em uma reunião de emergência de ministros das relações exteriores na sexta-feira, a ASEAN decidiu não convidar a General Sênior Min Aung Hlaing para a cúpula, programada para começar em 26 de outubro.

A ASEAN declarou que tomou a decisão porque os militares de Myanmar não cooperaram com seus esforços de mediação entre as forças militares e pró-democracia do país.

O bloco havia nomeado o segundo ministro das relações exteriores de Brunei como um enviado especial para mediar entre os dois lados.

Entretanto, ele não pôde visitar Myanmar, dois meses após sua nomeação, pois os militares se recusaram a permitir que ele se encontrasse com os líderes das forças pró-democracia, incluindo a conselheira estatal deposto Aung San Suu Kyi.

Em resposta à decisão, os militares emitiram um comunicado de imprensa no sábado através do Ministério das Relações Exteriores do país, que está sob seu controle.

Ela afirma que os militares estenderam sua total facilitação para o sucesso da visita do enviado especial da ASEAN a Myanmar e para resultados produtivos, considerando o Estado de Direito e a estabilidade interna.

O comunicado de imprensa também afirma que a decisão na reunião de sexta-feira foi tomada sem chegar a um consenso, o que foi contra os princípios da ASEAN.