Ameaças de terrorismo se espalham após a retirada das tropas americanas do Afeganistão

A perspectiva das relações entre os Estados Unidos e o Talibã ainda é incerta, uma semana após a retirada das tropas americanas do Afeganistão.

A retirada foi concluída em 30 de agosto, quando a última aeronave militar americana partiu de Cabul. Marcou o fim da missão militar de 20 anos que se seguiu aos ataques terroristas de 11 de setembro aos Estados Unidos em 2001.

Enquanto o Talibã se prepara para iniciar um novo governo, Washington enviou o Secretário de Estado Antony Blinken e o Secretário de Defesa Lloyd Austin ao Qatar. O país sedia o escritório político do Talibã, que serve como uma instalação de ligação internacional para o grupo.

As pessoas no Afeganistão estão se recuperando de ataques terroristas e ameaças contínuas.

Em 26 de agosto, um ataque suicida à bomba que se acredita ter sido realizado por uma afiliada local do grupo terrorista do Estado Islâmico matou mais de 100 pessoas. A Al-Qaeda também está ativa no país.

O presidente americano Joe Biden sugeriu que os EUA continuariam seus esforços para eliminar o terrorismo no Afeganistão, incluindo drones de seus postos avançados em países vizinhos para coleta de informações e ataques aéreos.

Mas, Michael Nagata, um tenente-general aposentado do Exército dos EUA, disse que os EUA têm agora enorme dificuldade em reunir inteligência útil suficiente no Afeganistão, já que não tem mais tropas no solo.

Ele disse que drones ou robôs não podem substituir o papel das tropas terrestres na coleta de inteligência diretamente dos humanos.