Declaração conjunta dos EUA e mais 60 nações sobre o Afeganistão

O governo dos Estados Unidos, em declaração conjunta com outros países, exortou o Talibã a garantir uma saída segura das pessoas que desejam deixar o Afeganistão.

Os Talibãs declararam vitória em sua luta contra o governo do Afeganistão. O presidente Ashraf Ghani deixou o país e sua administração perdeu efetivamente o controle.

As forças do Talibã chegaram à capital Cabul após terem tomado o controle de 31 das 34 capitais de província até o domingo (15).

A mídia local disse que o Talibã tomou o palácio presidencial e os escritórios do governo no centro de Cabul.

O líder número dois do grupo, Mullah Abdul Ghani Baradar, publicou uma declaração em vídeo declarando vitória sobre o governo.

O presidente Ghani disse no Facebook que achava que seria melhor ir embora para evitar derramamento de sangue. Ele também disse que o Talibã havia conquistado a vitória.

Não há relatos de lutas notáveis na capital. Mas, segundo a NHK, a cidade está em um estado de anarquia, quase sem forças de segurança ou policiais na capital.

As pessoas que tentam deixar o país convergiram para o aeroporto internacional. Os EUA e outras missões diplomáticas ocidentais estão se movimentando para repatriar seus representantes.

No domingo (15), o governo dos EUA divulgou uma declaração conjunta com mais de 60 países, incluindo Japão e Grã-Bretanha.

Ele exigiu que afegãos e cidadãos internacionais sejam autorizados a partir em segurança. Dizia: “Aqueles que ocupam posições de poder e autoridade em todo o Afeganistão têm responsabilidade – e obrigação de prestar contas – pela proteção da vida humana e da propriedade, e pela restauração imediata da segurança e da ordem civil”.

E acrescentou: “O povo afegão merece viver em segurança e dignidade”, instando o futuro governo a garantir os direitos humanos das mulheres.

O Talibã disse à Associated Press que o grupo está mantendo conversações com outras forças com o objetivo de formar um governo no Afeganistão.

Há uma preocupação crescente na comunidade internacional de que o Talibã possa dirigir o governo com base na lei islâmica, como fez no passado.