Empresas japonesas exortadas a abandonar projetos em Myanmar

Grupos internacionais de direitos humanos estão exortando as empresas japonesas a se retirarem de um projeto imobiliário comercial em Myanmar. Dizem que o complexo está sendo construído em terrenos alugados dos militares do país.

A Human Rights Watch, Human Rights Now e três outros grupos emitiram uma declaração conjunta em uma coletiva de imprensa na quinta-feira (15), pedindo a suspensão da participação das entidades empresariais no projeto. Dizem que o complexo comercial está sendo construído em terreno de propriedade militar em Rangum pelas empresas japonesas e por uma empresa local.

Os participantes japoneses incluem a empreiteira Fujita, empresa imobiliária Tokyo Tatemono, e um fundo público-privado, a Japan Overseas Infrastructure Investment Corporation for Transport and Urban Development, ou JOIN.

Os grupos de direitos dizem que havia um museu militar no terreno, e os pagamentos do arrendamento do complexo podem ser recebidos pelos militares, o que intensificou sua repressão aos manifestantes desde o golpe em fevereiro.

Um secretário geral adjunto da Human Rights Now, Sato Akiko, disse que as empresas devem considerar cuidadosamente como tais projetos podem afetar os direitos humanos dos residentes locais.

Um funcionário da Fujita disse à NHK em nome das empresas japonesas que a taxa de arrendamento é paga à empresa local que aluga o terreno do Ministério da Defesa, que faz parte do governo de Myanmar. O funcionário disse que eles pensam que o beneficiário final não é o Ministério da Defesa, mas o governo de Myanmar. O funcionário acrescentou que eles continuarão a acompanhar a situação de perto e a consultar as outras partes interessadas.