Grupo muçulmano no Japão pede por cemitérios islâmicos
O líder de um grupo muçulmano no oeste do Japão pediu ao Ministério da Saúde e do Bem-Estar Social que criasse cemitérios islâmicos.
A fé islâmica exige que os corpos sejam enterrados e proíbe a cremação com base em ritos funerários. Poucos cemitérios no Japão aceitam enterros e os muçulmanos têm dificuldade em encontrar cemitérios, especialmente no oeste do Japão.
Um grupo muçulmano na cidade de Beppu, na província de Oita, comprou um terreno em uma cidade vizinha há três anos. Ele ainda não obteve aprovação para criar um local de sepultamento após conversas com as autoridades da cidade. Isto se deve em parte à oposição dos moradores locais que se preocupam com o fato de que os enterros possam causar poluição da água e danos à reputação através de rumores prejudiciais.
O grupo quer, pelo menos, um cemitério púbico para cada província onde o enterro pode ser feito com base na fé, ou para assegurar uma seção para o enterro nos cemitérios públicos existentes.
Na quinta-feira (17), o líder do grupo, Muhammad Tahir Abbas Khan, e outros visitaram o ministério da saúde e bem-estar e entregaram uma petição a Kamata Mitsuaki, diretor geral do Departamento de Segurança Farmacêutica e Saúde Ambiental. Este escritório detém a jurisdição dos cemitérios.
Khan disse que quer que o governo reconheça o problema e estabeleça cemitérios para que pessoas com diferentes origens culturais e crenças possam viver suas vidas sem se preocupar com problemas após sua morte.
Especialistas estimam que cerca de 230.000 muçulmanos viviam no Japão até o final de 2019, cerca do dobro do número 10 anos antes. O número aumentou à medida que o Japão começou a aceitar mais trabalhadores do exterior.
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