Medidas insuficientes contra o coronavírus chinês para Tóquio 2020 dizem especialistas americanos

Quatro especialistas em saúde pública dos EUA pediram aperfeiçoamentos nos protocolos anti-coronavírus compilados para os participantes dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio deste verão.

Os especialistas lançaram um artigo no New England Journal of Medicine na terça-feira (25). Eles incluem o Professor Regente da Universidade de Minnesota, Michael Osterholm, que pertenceu ao Conselho Consultivo de Transição COVID-19 do Presidente Joe Biden.

O artigo se referia aos Manuais de Tóquio 2020, que traçam as regras anti-coronavírus para os participantes dos Jogos. Eles foram desenvolvidos conjuntamente pelo Comitê Olímpico Internacional, pelo Comitê Paraolímpico Internacional e pelo comitê organizador dos Jogos de Tóquio.

O artigo diz que “os manuais dos jogo não são feitos com base em uma avaliação de risco cientificamente rigorosa”.

Os especialistas dizem que “o COI planeja fornecer a cada atleta um smartphone que tenha aplicativos obrigatórios de rastreamento de contatos e relatórios de saúde”. Mas eles advertem que “muito poucos atletas olímpicos competirão carregando um telefone celular”.

O artigo aponta que os manuais dos jogos devem classificar os eventos, dependendo se eles acontecem interna ou externamente e se requerem contato próximo.

Os especialistas dizem que “alguns atletas paraolímpicos poderiam estar em uma categoria de maior risco”. Eles acrescentam que acreditam que os manuais dos jogo não protegem adequadamente “milhares de pessoas – incluindo treinadores, voluntários, oficiais e funcionários de transportes e hotéis”.

Os especialistas “recomendam que a OMS convoque imediatamente um comitê de emergência” para aconselhar sobre uma abordagem de gestão de risco para os Jogos de Tóquio. Eles dizem que o comitê deve incluir especialistas em doenças infecciosas e representantes de atletas.

As versões finais dos livros de jogo estão agendadas para serem publicadas no próximo mês.