Edano se recusa a votar na revisão da lei de imigração

O líder do principal partido de oposição do Japão disse que seu grupo não votará sobre um projeto de revisão da lei de imigração a menos que os oficiais estabeleçam os fatos sobre como uma cingalesa morreu sob sua custódia.

O líder do Partido Democrático Constitucional, Edano Yukio, se referiu ao assunto em um comitê da Câmara na segunda-feira (10). A mulher em questão estava na casa dos 30 anos e tinha ultrapassado o prazo de validade de seu visto. Ela morreu em março, em um centro de detenção de imigração em Nagoya, no centro do Japão. Sua família está pedindo detalhes sobre sua morte.

A Agência de Serviços de Imigração disse em um relatório provisório que ela havia sido diagnosticada como, possivelmente, sofrendo de esofagite de refluxo e doença mental, e que havia recebido medicação.

Edano disse que casos fatais ocorrem nas instalações de imigração cerca de uma vez a cada cinco ou dez anos, mas nenhum detalhe foi divulgado.

Ele acrescentou que seu partido se recusa a adiantar as deliberações sobre o rascunho ou colocá-lo à votação porque o Ministério da Justiça falhou em prestar um esclarecimento completo sobre a morte da mulher.

O governo elaborou a revisão em resposta ao número crescente de estrangeiros em detenção de longo prazo em instalações de imigração por excesso de permanência e outras violações que se recusam a ser enviados para casa.

O esboço permitiria aos deportados que se recusassem a deixar o Japão ficar com membros da família ou apoiadores se eles preenchessem determinadas condições.

A revisão proposta também permitiria que as autoridades deportassem aqueles que solicitaram o status de refugiados por três vezes, mesmo que seus pedidos ainda estejam sendo processados.