Vírus mutante pode ser mais mortal diz Reino Unido

O governo britânico disse que uma variante do coronavírus chinês que foi identificada pela primeira vez no país pode ter um risco de morte maior do que a estirpe original.

O primeiro ministro, Boris Johnson, disse aos repórteres nesta sexta-feira (22), que foi informado que a nova variante “pode estar associada a um maior grau de mortalidade”.

A cepa mutante continua se espalhando na Grã-Bretanha, onde mais de 1.000 novas mortes são relatadas diariamente.

Patrick Vallance, o principal conselheiro científico do governo, juntou-se a Johnson na conferência de imprensa. Ele disse que o risco médio para um homem na casa dos 60 anos, é de que cerca de 10 em cada 1.000 pessoas infectadas com a versão original, e que poderiam morrer. Ele disse que o número de mortes poderia aumentar para 13 ou 14 com a variante.

Mas Vallance enfatizou que não há certeza em torno dos números e que mais pesquisas são necessárias.

Vallance também disse que a vacina que está sendo distribuída em toda a Grã-Bretanha é eficaz tanto para a versão original quanto para a versão mutante.

Maria Van Kerkhove, a líder técnica da OMS na COVID-19, comentou sobre os comentários do Reino Unido no briefing regular da organização na sexta-feira (22).

Ela disse que ainda lhe faltam detalhes completos sobre o possível aumento da mortalidade, mas alertou que à medida que mais pessoas forem infectadas e hospitalizadas, os sistemas de saúde ficarão sobrecarregados. Ela disse que é possível que médicos e enfermeiros não possam dedicar muito tempo aos pacientes, levando a mais mortes.

O Diretor Executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan, acrescentou que sua equipe ainda não recebeu provas de que a nova variante é mais letal. Ele disse que o que vêem agora é que quanto mais pessoas são infectadas, mais pessoas morrem.