Governo de Hong Kong ataca EUA por sanções

O governo de Hong Kong reagiu com veemência às últimas sanções impostas pelos EUA contra a líder do território e outros 10 altos funcionários, incluindo alguns do continente.

A administração do presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (7), as sanções para congelar ativos no país pertencentes à chefe executiva de Hong Kong Carrie Lam e outros funcionários da China e do território.

O governo de Hong Kong emitiu um comunicado neste sábado (9), classificando a última medida do governo dos EUA de “sem vergonha e desprezível” e dizendo que representa uma interferência flagrante e bárbara nos assuntos internos da China.

A declaração diz que “a escalada da violência, anarquia e caos social em junho passado, obviamente ,exigia que a polícia cumprisse seu dever legal de tomar medidas lícitas para manter a ordem e segurança pública”. Diz que “isto não é diferente do dever e responsabilidade solenes de qualquer força policial no mundo”.

O governo de Hong Kong parece estar enfatizando a legitimidade de uma série de medidas, incluindo a promulgação da lei de segurança nacional que os críticos dizem ser destinada a reprimir os protestos pró-democracia no território.

Lam é citada na declaração como dizendo que o governo está “cumprindo um dever honroso de salvaguardar a segurança nacional, protegendo a vida e os interesses não só dos 7,5 milhões de habitantes de Hong Kong, mas também dos 1,4 bilhões de habitantes do continente”. Ela disse: “Não seremos intimidados”.

O chefe do escritório de ligação da China em Hong Kong, Luo Huining, também emitiu uma declaração, dizendo: “É uma sanção em vão, pois não tenho nenhum ativo no exterior”.

Ele se ofereceu para enviar 100 dólares a Trump para que ele tivesse ativos que pudesse congelar.