China mentiu sobre pandemia para poder acumular suprimentos médicos, diz Departamento de Segurança Nacional

Um relatório do Departamento de Segurança Nacional, ou Department of Homeland Security – DHS, afirma que o governo chinês mentiu às agências de saúde mundiais sobre a propagação do coronavírus para ganhar tempo para estocar suprimentos médicos para lidar com a pandemia.

O relatório da Segurança Nacional avaliou que os líderes chineses “esconderam intencionalmente a gravidade” do novo surto de coronavírus chinês, que teve origem em Wuhan, em novembro de 2019, segundo a Associated Press, que obteve o relatório.

Líderes chineses disseram à Organização Mundial de Saúde, ainda em 14 de janeiro, que não havia evidências de transmissão entre humanos da cepa do novo vírus. Essas garantias levaram a uma falsa sensação de que o vírus não se transmitiria facilmente, e que poderia ser facilmente contido.

Preliminary investigations conducted by the Chinese authorities have found no clear evidence of human-to-human transmission of the novel #coronavirus (2019-nCoV) identified in #Wuhan, #China🇨🇳. pic.twitter.com/Fnl5P877VG

— World Health Organization (WHO) (@WHO) January 14, 2020

Enquanto retinha informações sobre a transmissibilidade do vírus, o governo chinês estava ocupado em encomendar suprimentos médicos do exterior, incluindo máscaras faciais, luvas e vestimentas cirúrgicas, diz o relatório de 1º de maio do DHS obtido pela AP.

O relatório diz que as autoridades determinaram com 95% de probabilidade que a atividade comercial da China não estava dentro da faixa normal, de acordo com a AP. As autoridades chinesas também negaram que o governo tenha imposto restrições às exportações, ao mesmo tempo em que “ofuscou e atrasou” a divulgação de seus dados comerciais.

O governo chinês tem estado sob intenso questionamento sobre sua resposta ao coronavírus de dezembro e janeiro.

O Dr. Scott Gottlieb, ex-comissário da Food and Drug Administration – FDA, disse que Pequim reteve informações precisas sobre a transmissão entre humanos, e também se recusou a fornecer aos oficiais de saúde mundiais estirpes vivas do coronavírus chinês, atrasando o desenvolvimento de testes diagnósticos.

“A China não era verdadeira com o mundo, no início pandemia”, disse Gottlieb em uma entrevista de 12 de abril sobre “Enfrente a Nação”.

“Se eles tivessem sido mais honestos com o mundo, o que lhes teria permitido ser mais sinceros consigo mesmos, poderiam realmente ter sido capazes de conter isso inteiramente”.

O governo chinês também tem sido acusado de mentir sobre o número de casos positivos de coronavírus e mortes no país.

A maioria das 17 agências que compõem a comunidade de inteligência dos EUA também acredita que o surto do coronavírus chinês teve origem em um vazamento acidental de um laboratório biológico em Wuhan, na China.