Especialistas japoneses propõem evitar multidões em recintos fechados

Uma equipe de especialistas do Ministério da Saúde do Japão informa que a maioria das novas infecções por coronavírus se propagaram em ambiente fechado, onde o ar tende a estagnar.

Os especialistas dizem que a propagação do novo coronavírus pode ser contida, evitando reuniões em pequenos espaços fechados.

O relatório foi compilado por um grupo de pesquisadores, criado pelo Ministério da Saúde como uma força-tarefa para prevenir grupos de infecção por coronavírus.

Os especialistas realizaram uma análise detalhada de 110 pessoas infectadas no Japão, incluindo 10 casos em que a infecção ocorreu em grupos, até 26 de fevereiro.

A equipe constatou que 83 pessoas, ou 75,4%, aparentemente não transmitiram a infecção a ninguém no momento da pesquisa. Cerca da metade dos 27 pacientes restantes foram confirmados como tendo espalhado o vírus para apenas uma pessoa.

Por outro lado, 11 casos em que a infecção se espalhou de uma pessoa para duas ou mais pessoas, verificou-se que ocorreu num ambiente fechado, onde muitas pessoas se reuniram dentro de casa. Entre os 11 casos, descobriu-se que dois pacientes tinham infectado até 12 pessoas.

Em um ambiente aberto e bem ventilado, foram encontrados apenas dois casos em que uma pessoa infectou duas ou três pessoas. E não foram encontrados casos de quatro pessoas infectadas por uma pessoa.

O Professor Hiroshi Nishiura da Universidade de Hokkaido, um dos pesquisadores que conduziu a análise, diz que o estudo até agora mostra um risco comum.

Ele diz que há um risco maior de contágio do vírus quando as pessoas se reúnem em um pequeno espaço interno onde o ar tende a estagnar, mesmo que o espaço seja ventilado, é possível prevenir a propagação da infecção, evitando grupos em ambientes fechados.