Tensões aumentam depois que os EUA matam general iraniano
As tensões entre os Estados Unidos e o Irã estão aumentando depois que as forças norte-americanas mataram um general do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. O General Qassem Soleimani morreu num ataque aéreo norte-americano perto do Aeroporto Internacional de Bagdad, no Iraque, na sexta-feira (3).
O presidente dos EUA, Donald Trump, fez um discurso na sexta-feira em que disse: “Nós sempre protegemos nossos diplomatas, membros de serviço, todos os norte-americanos e aliados”.
Trump acrescentou: “Soleimani estava planejando ataques iminentes e sinistros aos diplomatas e militares norte-americanos, mas nós o pegamos em flagrante e o neutralizamos”. Tomamos medidas ontem à noite para parar uma guerra. Não tomamos medidas para começar a guerra.”
Soleimani era o comandante da Força Quds, uma brigada de elite responsável por operações militares fora do Irã.
O general era uma figura lendária no Irã, e era visto como um herói nacional. Na província sudeste de Kerman, região de Soleimani, milhares de pessoas se reuniram, segurando fotos dele e entoando slogans denunciando os EUA.
O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, disse na sexta-feira que a morte só iria fortalecer a resistência contra os Estados Unidos. Ele acrescentou que uma severa retaliação aguarda aqueles que mataram Soleimani.
Com o aumento das tensões, a Embaixada dos EUA em Bagdá exortou os cidadãos norte-americanos a deixarem o Iraque imediatamente.
O porta-voz adjunto do Secretário-Geral da ONU Farhan Haq leu uma declaração do Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, na sexta-feira. Guterres expressou a sua profunda preocupação, dizendo: “O mundo não pode permitir-se outra guerra no Golfo”.
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