The Gard lança “Madhouse” com composições autorais e novo arranjo para “Immigrant Song” do Led Zeppelin.
Desde quando foi formada, em 2010, a The Gard teve como objetivo a música autoral, embora tenham ganhado bastante relevância na região metropolitana de Campinas, de onde é originária, com seu show “Tributo ao Led Zeppelin”. Em meio ao setlist das músicas do Led, a The Gard que tem como integrantes, Beck Norder (vocal/baixo/guitarra), Allan Oliveira (guitarra solo) Lucas Mandelo (bateria/backing vocal) sempre apresentou suas composições próprias.
Com o tempo o interesse do público pelas canções autorais foi crescendo e o espaço para elas, no setlist, aumentando. “Madhouse”, disco de estreia da The Gard, foi então uma consequência natural. Em oito faixas, o power trio paulista transcende suas referências musicais ao oferecer ao público uma experiência musical onde o rock clássico e o contemporâneo convergem, como numa coalização sonora que disponibiliza-se para o futuro, para o desconhecido.
Produzido pelos próprios músicos em parceria com André Diniz do Estúdio 260 de Indaiatuba/SP, “Madhouse” reúne sete composições autorais além de um novo arranjo para “Immigrant Song” do Led Zeppelin, a banda que, para o The Gard, sempre representou a terra de neve e gelo de onde eles vêm com seu barco rumo às novas terras desconhecidas.
https://youtu.be/IsBXIzo38kY
“Immigrant Song” foi inclusive escolhida para ser o primeiro single de “Madhouse” e ganhou videoclipe. De acordo com o vocalista Beck Norder, a intenção do grupo com “Immigrant Song” foi a de justamente traduzir um clássico para a contemporaneidade. “A releitura de Immigrant Song vem com uma cara moderna. O novo arranjo tem peso e não cai nos clichês do metal. Valorizamos alguns elementos da música original, e das versões ao vivo tocadas pelo Led, e colocamos a identidade da The Gard na música: a batida é outra, acrescentamos um violão tocado ao estilo fingerstyle, gravamos um baixo com whammy e distorção, deixamos a harmonia mais densa e étnica/tribal e o próprio riff sofreu alterações”.
“Madhouse” é muito mais que uma compilação das primeiras composições do The Gard. Compreendem um período criativo da banda entre 2006 e 2011, mas de acordo com Beck Norder, até às vésperas das gravações essas músicas ainda foram sendo desenvolvidas. “Foram anos amadurecendo essas composições até que atingissem um ponto que agradasse toda a banda. Musicalmente nos deixamos experimentar toda uma versatilidade de vertentes do rock, do hard e blues rock (Play of Gods, Panem et Circenses e Back to rock), flertando com classic e folk metal (Madhouse, Kaiser of the sea e The Gard Song), a um rock mais moderno (Music Box). Exploramos alguns instrumentos pouco usuais no rock, e que enriqueceram os arranjos como o bandolim (The Gard Song) e o glockenspiel (Music Box).”
https://youtu.be/s7NOZLoRmjM
A The Gard, manifestadamente, não deseja redescobrir o rock, mas sim “desenvolver ideias musicais originais de maneira semelhante ao que fizeram as bandas clássicas que vieram antes”, como explica Beck. Por isso mesmo todas as experimentações com instrumentos não usuais no rock surgem de maneira espontânea, soando, por isso mesmo, originais. “A intro da The Gard Song surgiu brincando com um bandolim. Já para Music Box, chegamos ao glockenspiel na busca de um timbre que remetesse a caixinha de música, um som cintilante e metálico. A ideia era usar uma celesta, mas como esse instrumento é raro, nos restou o metalofone e o glockenspiel que é a sua versão mais aguda”.
Nessa busca sonora, conta também a favor do The Gard a formação acadêmica dos músicos.
“Para compor, a formação acadêmica ajudou bastante. Nos deu ferramentas de harmonia, arranjo, textura e até de contraponto que são usadas nas composições. Queremos experimentar sonoridades novas e interessantes, seja em timbres, com uso de instrumentos diferentes, seja mesclando estilos, como a música erudita ou o jazz com rock. Isso pode ter deixado o primeiro álbum um pouco denso e cadenciado demais, porque era a época em que estávamos aprendendo muitas coisas e queríamos aplicar o maior número de técnicas possíveis. Mas os estudos foram essências para chegarmos a essa identidade musical.”
https://youtu.be/I-UUR7rl3mU
Se o instrumental de “Madhouse” flerta com o empirismo, o mesmo não se pode dizer sobre as letras que se permitem ir além (da razão). “Queremos ser positivos. Queremos ser lúdicos”, diz o guitarrista Allan Oliveira ao sublinhar a comunicabilidade das letras da banda. “Gostamos muito de letras de música com mensagens. Fiquei muito feliz que o Bob Dylan tenha ganho o Nobel de Literatura, espero também que o Roger Waters ganhe! Gostamos de histórias, poesias e reflexões, introspecção. Exprimir emoções e ideias com símbolos que podem ser muito trabalhados ou mais simples. A letra é a mediadora com o público e ajuda a reforçar as sensações que a música causa. Prezamos muito por essa conexão.”
O minimalismo não acidental da capa de “Madhouse” representa um diálogo entre as artes sonora e visual pela perspectiva da The Gard. Samir Monroe foi o artista responsável por transcrever essa conversa. Allan explica o processo. “Ficamos muito felizes com o trabalho do Samir. Ele conseguiu capturar nossa essência e estética musical. Neste álbum temos influências e referências diversas como temas universais, poesias, temas do cotidiano, coisas lá da antiguidade nórdica, a loucura da modernidade… Mas, de certa forma, tudo isso é visto com uma lente onírica, pela nossa perspectiva, o jeito de expressar da The Gard, lúdico e fugindo de clichês. Isso é algo que
nos une bastante e nos diferencia de outras bandas.
Esse espírito é muito difícil de traduzir com uma arte digital. Não queremos ser um bem de consumo, queremos ser arte, drama”. Em verso ou prosa, para Allan o drama da The Gard está bem definido com “Madhouse”. “Estamos sobre os ombros de gigantes! Não só do Rock, que é nossa principal roupagem, mas também temos privilégio de existir em uma época em que Richard Wagner já trouxe ao mundo seu trabalho. Schoenberg, cantos gregorianos, músicas tribais, Beatles. Temos tudo isso com uma facilidade de acesso que nunca vimos antes. Então há muito o que combinar ainda. Há muito o que se experimentar e aventurar.”
Press Release:
Eliton Tomasi – SOM DO DARMA
eliton@somdodarma.com.br
www.somdodarma.com.br
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Facebook: https://www.facebook.com/thegardband
Youtube: https://www.youtube.com/user/thegardband
Da Redação by Cleo Oshiro
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