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sexta-feira, 26 dezembro, 2025 7:10: pm
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Irmão de Kim Jong-un, envenenado, estava transportando antídoto

Kim Jong-nam, irmão do atual líder norte-coreano assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur em fevereiro, levava em sua mochila 12 ampolas de atropina.

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Irmão de Kim Jong-un, envenenado, estava transportando antídoto.

Kim Jong-nam, irmão do atual líder norte-coreano assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur em fevereiro, levava em sua mochila 12 ampolas de atropina.

É uma substância usada como antídoto para combater efeitos de alguns venenos e substâncias nervo-paralíticas, incluindo o VX, cujos vestígios foram detectados na pele de Kim Jong-nam, revelou o jornal malaio Star Online.

A edição cita a Dra. K. Sharmilah, chefe da unidade de álcool e toxicologia clínica do Departamento de Química do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Malásia.

“Recebi estes objetos [o antídoto] junto com outras sete provas entregues pela polícia às 16h16 [06h16 no horário de Brasília] de 10 de março para testes de toxicologia”, declarou Sharmilah na quarta-feira (29) no Tribunal Supremo.

A especialista negou as declarações dos advogados dos acusados de que a etiqueta do antídoto estaria marcada em coreano.

Kim Jong-nam, de 45 anos, que apresentou passaporte com o nome Kim Chol, morreu envenenado no aeroporto de Kuala Lumpur em 13 de fevereiro. Polícia local descobriu em sua pele vestígios da substância nervo-paralítica VX, proibida pela Convenção sobre as Armas Químicas.

Em outubro, deu início ao julgamento de duas suspeitas no crime. Uma vietnamita e uma indonésia atacaram o coreano no aeroporto, borrifaram um gás com componentes da substância VX no rosto do homem. As acusadas declaram ter sido convidadas para participar de uma pegadinha sem saber quem era o homem morto.

Outros quatro suspeitos, cidadãos norte-coreanos, conseguiram escapar para Pyongyang, supostamente com a assistência do segundo secretário da embaixada norte-coreana e de um funcionário da companhia aérea Air Koryo.

Vietnamita Doan Thi Huong (de vestido e colete à prova de balas) acompanhada por policiais enquanto sai do tribunal em Shah Alam, Malásia
Vietnamita Doan Thi Huong (de vestido e colete à prova de balas) acompanhada por policiais enquanto sai do tribunal em Shah Alam, Malásia

A Coreia do Norte se recusou a cooperar na investigação do caso e acusou as autoridades da Malásia de conspiração com Seul, que desde o início atribui a Pyongyang culpa pelo crime.

A acusação desatou a crise diplomática entre Kuala Lumpur e Pyongyang, levando à expulsão de seus embaixadores das missões.

A Coreia do Norte anunciou também proibição temporária para saída de malaios do seu território nacional, recebendo resposta recíproca da Malásia.

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