Priscila Magella: Barranqueira e cantadeira das margens do Velho Chico.
Cantora e compositora Priscila Magella, nascida ás margens do Rio São Francisco compõe suas letras influenciada fortemente pela cultura ribeirinha. Menina barranqueira de voz forte como um rio, e doce como as águas das nascentes, denuncia através de composições autorais as agruras que o rio sofre, incorporando novos sotaques, e convencendo de que precisamos cuidar inclusive dos rios que existem dentro de nós.
Priscila Magella tem uma relação de alma com o rio São Francisco. Nascida em Pirapora, ao norte de Minas Gerais, passou a maior parte da vida na companhia das águas que nascem na Serra da Canastra e passam por cinco estados brasileiros, desaguando no Oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas. Na música Lamento ao Velho Chico, ela escracha um sentimento que inunda o coração. “Eu me sinto a voz do rio, sua representante”, diz.
A cantora e compositora participou ativamente da luta contra a transposição do rio, em 2008, em Cabrobó, Pernambuco. E sente doído o Velho Chico indo embora aos poucos, por conta dos problemas ambientais que sofre, como desmatamento e poluição. “Vemos o mar invadindo o Chico, mas não há dor, ele quer ir embora. A gente comia, bebia, vivia nosso amor com o rio e para ele, conversávamos.
É preciso entender esse sentimento, saber que antes era isso. Não queria que ele morresse
jamais”, desabafa Priscila.
Foi mesmo o rio que ajudou Priscila a começar a cantar. Sem dinheiro para pagar aulas de canto, usava suas águas para afinar as cordas vocais, mexendo as mãos, percebendo seu barulho. A inspiração também veio de sua mãe, que sempre cantou muito em casa, e de
seu tio Magela, o grande ídolo.
Ele foi um dos maiores representantes da música barranqueira, que canta o cotidiano e sutilezas das comunidades ribeirinhas, estilo que Priscila também adotou, já que é “tudo o que sei, o que aprendi desde o começo”. O tio morreu quando ela tinha apenas seis anos, mas a conexão entre os dois permaneceu.
Ele está vivo nas canções da mineira e em suas histórias, que sempre o citam. E também na luta pela música barranqueira, que resiste forte para continuar ecoando.
Pricila participou do I Fórum de Arquitetura para Todos/ Pirapora MG 2017/ 2ª Mostra IMUNE/ Festival Mostre Seu Som 2017
Priscila participou do Festival Cultura MST 2016.
Em 2015, Priscila participou do Circuito de Música Dércio Marques, do 27º Festival de folclore de Jequitibá convida FOLCLORATA Encontro de Culturas Populares, se apresentou na Casa de Mãe Joana em São Luis/MA, no Opará Salve o Velho Chico/Teatro de Câmara Cine Brasil , no 8º Sarau do Filizzola, no 10º Sarau do Filizzola.
Participou em 2014 do 1º Festival Regional do São Francisco 2014, do Conexção BH, QueimAção do Judas-Contagem MG, e do Mercado Criativo das Borboletas 2014 BH/MG.
No ano de 2013 participou do 7º FAN -Festival de Arte Negra – em MG, do Vozes de Mestres, e teve participação especial “ A Cantadeira”, no conservatório UFMG. Em 2012 participou do Pirâ em BH e do Encontro das águas/ Vapor em Pirapora. Conquistou o 2º lugar no Concurso de Marchinha em 2010. Priscila participou da 1ª Festa Nautica/Buritizeiro em 2009.
A cantora já se apresentou em vários eventos e shows como: Rede da Cultura Popular/ Abertura do show de Oswaldo Montenegro, na 15º Expociapi- Pirapora MG/ no Quinta Cultural Lagoa Santa/ 28º Festival de Folclore de Jequitibá.
Assim se define Priscila Magella:
Priscila Magella, cantadeira da beira do Velho Chico (Rio São Francisco) tenho por objetivo continuar o trabalho da música Barranqueira criada pela minha região.
Sou sobrinha do Capitão Magella que abriu o show da anistia com Elis Regina e foi abraçado e levado pelo Rio.
Comecei a compor e aí até agora não parei. Nascida em 23/08/1984 e criada em Pirapora -MG, desde menina me intitulo como tal, sempre ouvindo minha mãe Maria Helena (Leninha) cantarolar músicas no quintal da casa de minha Vó.
Sou de origem humilde tenho um sonho em minhas mãos.
Essa sou eu e isso é o que faço, sou uma barranqueira legítima que ama essa terra e defende esse Rio com sua própria voz. Canto pra viver, vivo pra compor.
Fotos by Carina Vaz.
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