EUA anunciam, oficialmente, a saída da UNESCO em apoio a Israel.
Donald Trump já havia criticado, anteriormente, a UNESCO por considerá-la anti-israelita.
Os EUA anunciaram, nesta quinta-feira (12), que irão sair da UNESCO por considerarem que a organização é anti-israelita.
Em comunicado, o Departamento de Estado relata ter notificado a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, da decisão de se retirar da organização e de procurar, em vez disso, “uma posição de observador” para contribuir com as perspetivas e conhecimentos dos EUA em alguns assuntos que considera importantes, como o patrimônio mundial, a defesa da liberdade de imprensa e a promoção da colaboração científica e educação.
“Esta decisão não foi tomada de repente e reflete as preocupações dos EUA com os atrasos crescentes na UNESCO, a necessidade de uma reforma fundamental da organização e o permanente preconceito contra Israel” na organização, segundo o comunicado, que indica a saída para 31 de dezembro de 2018, permanecendo até lá como membro de pleno direito
Os Estados Unidos já tinham deixado de financiar a organização após ter sido aprovada a integração da Autoridade Palestina entre os seus membros, em 2011. Mas o Departamento de Estado mantinha um gabinete na sede da organização, em Paris.
Atualmente, Washington deve cerca de 550 milhões de dólares à instituição.
Washington tinha avisado, no início de julho, da sua intenção de reexaminar a sua ligação com a UNESCO, após a decisão de declarar a cidade velha de Hebron, na Cisjordânia ocupada, “zona protegida” do patrimônio mundial.
A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, qualificou a decisão como uma “afronta à História” e considerou que lança “ainda mais descrédito sobre uma agência da ONU já altamente discutível”.
A diretora-geral da UNESCO reagiu ao anuncio desta quinta-feira declarando “lamentar profundamente” a decisão norte-americana. “A universalidade é essencial à missão da UNESCO para construir a paz e a segurança internacionais face ao ódio e à violência, pela defesa dos direitos humanos e da dignidade humana”, disse Bokova em comunicado.
O anúncio da saída ocorre no momento em que a UNESCO está votando a escolha de um novo diretor.
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