Grande protesto contra a realocação de base norte-americana em Okinawa.
Dezenas de milhares de pessoas na província de Okinawa realizaram uma grande manifestação contra a realocação de uma base aérea dos EUA dentro do prefeiture.
Grupos do cidadão realizaram a manifestação na cidade de Naha, neste sábado (12). Os organizadores disseram que cerca de 45 mil pessoas participaram, incluindo o governador de Okinawa, Takeshi Onaga, e seus apoiadores.
O governo japonês planeja transferir a Base Aérea de Futenma dos Fuzileiros Navais dos EUA, na cidade de Ginowan, para o distrito de Henoko, pouco povoado, na cidade de Nago. Os trabalhos para a recuperação de terras ao longo da costa de Henoko começaram em abril deste ano.
Mas o governo de Okinawa se opõe à realocação, e entrou com um processo contra o governo central em julho, para exigir a suspensão dos trabalhos de construção.
O governador Onaga disse, na manifestação, que o Japão está longe de ser uma nação governada por leis, se o governo central forçar a construção de uma nova base.
Ele disse que é totalmente inaceitável recuperar terras do tesouro insubstituível de Okinawa, o oceano, e transformá-la em uma base quase permanente. Manifestou ainda a sua determinação em bloquear a realocação e sugeriu a possível revogação da autorização de recuperação de terras, que foi concedida pelo ex-governador.
Foi lida uma declaração solicitando aos governos do Japão e dos Estados Unidos que abandonem o plano de realocação e fechem a base aérea.
A reunião ocorreu uma semana após uma aeronave militar Osprey, implantada na Base Aérea de Futenma, sofreu um acidente em águas da Austrália.
Os manifestantes também adotaram uma resolução para exigir a retirada dos Ospreys da prefeitura, e uma proibição total dos vôos da aeronave no Japão.
Uma mulher de 34 anos participou da manifestação com seus filhos. Ela disse que, embora o governo central diga que está de acordo com a população de Okinawa, sua abordagem atual é contrária.
Uma mulher de 27 anos disse que o governo central insiste em continuar com o trabalho de construção, de acordo com as leis, mas ela ainda quer que Tóquio pondere do porque a população de Okinawa estar fazendo tal manifestação. Ela disse que o governo deveria ouvir as vozes okinawanas, e lidar com o assunto com mais cuidado.
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